O monstro que agoniza

Partidos tradicionais sofrem mudanças internas e buscam a sobrevivência política, vendo em nomes novos o caminho da sustentabilidade.

 

Além das surpresas e feitos da eleição do último dia 15, há outros pontos e fatos que merecem ser analisados, de forma peculiar.

 

Partidos tradicionais sofrem mudanças internas e buscam a sobrevivência política, vendo em nomes novos o caminho da sustentabilidade.

 

É o caso do MDB velho de guerra, que teve um neófito concorrendo ao cargo de prefeito que fez expressiva votação, superando dois veteranos em pleitos eleitorais.

 

A mesma sigla teve eleito um calouro em eleições, superando dois vereadores em mandato, demonstrando que o eleitor buscava a renovação.

 

O PSDB da mesma forma elegeu um candidato que nunca havia sido eleito, apesar de ter participado de outro pleito.

 

Quanto ao PT, após a eleição de 2012 parece que perdeu força e fez uma nominata modesta para concorrer em 2020.

 

Mas o que chama mesmo a atenção é o PSD.

 

Partido do atual prefeito, eleito com esmagadores 88,19% dos votos em 2016, ano no qual elegeu dois vereadores entre os cinco mais votados.

 

Ao leitor menos interessado em tais dados pode causar surpresa que na atual eleição o PSD tenha lançado tão somente 9 candidatos a vereador dos 20 possíveis, não lançou candidato à prefeito ou à vice-prefeito, e, melancolicamente, não atingiu o índice eleitoral para que conseguisse eleger um vereador, o que por consequência não deixa sequer um de seus candidatos na condição de suplente.

 

Qual a moral da história? Por que o prefeito municipal não teria conseguido, ou não teria interesse em eleger pelo menos um vereador? Ao montar a nominata para as eleições, o prefeito que é também o presidente da sigla PSD, não tomou o cuidado de fortalecer a “chapa” ou não quis ter esse cuidado?

 

Fato é que a sigla foi implodida, e se não morreu, agoniza.

 

Quem deve se perguntar vários porquês é o vereador Cirineu, que com seus 312 votos poderia ter sido reeleito se tivesse permanecido no mesmo partido pelo qual concorreu em 2016, pois o PDT elegeu seu vereador com 310 votos, dois a menos que Cirineu.

 

A quem o Sargento deve agradecer pela situação?