Jesley Dias

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Midsommar – O Mal Não Espera a Noite

Após vivenciar uma tragédia, Dani vai com seu namorado até a Suécia para participar de um festival local de verão. Chegando lá, o grupo se depara com rituais bizarros de uma adoração pagã.

Foto: Divulgação

 

 

Dani é uma jovem depressiva, atravessando um momento difícil no relacionamento com Christian. Contra a própria vontade, ele aceita levá-la junto com alguns amigos a uma viagem para a Suécia, onde pretendem visitar uma comunidade conhecida por seus rituais únicos. Para os colegas antropólogos, esta é a oportunidade de encontrar um bom tema para a tese, mas para ela, a fuga para um campo ensolarado pode servir como bom remédio para superar uma tragédia familiar.

 

No inicio, aos poucos interessados o filme pode desanimar, mas ao longo da trama o roteiro nos mostra uma ambientação menos “desinteressante”. Midsoomar transita entre o grotesco e o revoltante, pretensioso e lento, entretanto, o diretor do filme (Ari Aster), propõe algo diferente do que estamos acostumados a ver em filmes de terror, o que é genial.

 

A amargura, agonia e aperto atuado por Florence Pugh é único e incomparável. A atriz solidifica o que é perceptível através dos olhos – como quando quer demonstrar que está tudo bem mesmo estando internamente destruída – .

 

O sorriso de Dani (Florence Pugh), na última cena, é uma declaração de que tudo vai ficar bem e que, apesar do que cada um de nós passa de perturbador, ainda pode existir a chance de olhar para frente, para o futuro, e se ter esperança. E mesmo essa esperança pode ser bem agressiva. Eis o pavor da dúvida e do medo.