Jéssica Machado

A psicóloga aborda saúde mental, autoestima, autoconhecimento, sexualidade e amor próprio.

O medo da escolha

A pressão social pode lhe fazer escolher o caminho mais “prudente”, não necessariamente o mais feliz.

Foto: Divulgação

 

 

Ser adulto, na maior parte do tempo, envolve fazer escolhas, e isso é assustadoramente difícil. Optar por um caminho é consequentemente deixar outro para trás e enquanto não se escolhe, vive-se com a possibilidade. Mas a vida exige escolhas, e a pressão social pode lhe fazer escolher o caminho mais “prudente”, não necessariamente o mais feliz.

 

Com o passar do tempo (que por sinal parece passar mais rapidamente, conforme envelhecemos), sentimos a necessidade, senão desespero, em fazer as escolhas certas. Refletimos se estamos onde imaginávamos em nossos sonhos ou se continuamos naquele emprego temporário ainda esperando pela oportunidade de finalmente fazer o que queremos. Mais um dia de trabalho sem motivação e novamente o sonho é adiado pelo medo de arriscar.

 

Chega um momento em que o que era para ser temporário torna-se cômodo e já serve para pagar as contas e sair de férias, então, pra que arriscar? Pouco a pouco, o indivíduo vai perdendo a vontade de recomeçar e perde a coragem de dizer não ao comodismo. Largar o emprego é loucura. É preferível uma monotonia certa a um prazer incerto. E mais um dia nos arrastamos até o trabalho, contando os dias para sexta-feira e invejando os que amam o que fazem.

 

Mas será que viver é esperar pelo fim de semana apenas? Em meus pensamentos acredito que há uma certa leveza em se fazer o que não gosta. Fazer aquilo que nos dá prazer é um fardo muito pesado, pois nos cobramos demais. No entanto, apesar do peso, a satisfação pelo resultado do trabalho obtido é extremamente gratificante e o fardo torna-se leve ao seguir o caminho que se quis, não aquele que foi obrigado.

 

Existe uma diferença entre viver e sobreviver. Trabalhar somente por obrigação é sinônimo de sobrevivência e leva a problemas de saúde a longo prazo, como depressão, transtorno de ansiedade e distúrbios psicossomáticos. É nesse momento que o sonho grita do fundo da alma e exige uma escolha. O “NÃO” à sobrevivência e o “SIM” à vida que sempre sonhamos. Ter a coragem de sair de um ambiente onde você não se sente bem é conquistar a liberdade para seguir outro caminho que você talvez tenha planejado durante tantos anos.

 

O que te impede de dar o primeiro passo para à vida que você tanto sonha? Venha comigo que eu posso te ajudar.