Robson Komochena

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O que esperar da sessão da Câmara de Mafra hoje?

Se não tranquila, a população espera pelo menos uma reunião produtiva, com deliberações de interesse da maioria, sem ataques e discussões pessoais.

Foto: Divulgação

 

Após duas semanas onde o foco das últimas sessões foram pedidos de CPI e cassação, a Câmara de Vereadores deve (ou pelo menos deveria), fazer uma reunião tranquila nesta noite.

 

Se não tranquila, pelo menos produtiva, com deliberações de interesse da maioria. É, pelo menos, o que a população espera.

 

Há duas semanas, boa parte do tempo da sessão foi dedicada a um pedido de abertura de CPI contra o vereador Sergio Luiz Severino. Foram sete fotos a favor da abertura da CPI: Ary Puttkammer, João Maria Ferreira, Jonas Heide, Jonas Schultz, Valdecir Munhoz, Vanderlei Peters e Wagner Grossl. Quatro vereadores votaram contra: David Roeder, Everton Stach, Jucinei Schuvendtner, Mario Skonieski e Rafael Cavalheiro. Em 90 dias, a comissão deve deliberar sobre o tema.

 

O pedido, protocolado por Abel Bicheski (Bello), afirma que Severino mora em Rio Negro e pede a cassação do seu mandato, por ferir a Lei Orgânica do Município. Serginho afirma que mora em Mafra, está tranquilo e provará seu local de residência.

 

E na semana passada, foi colocada em votação uma denúncia protocolada pelo ex-comandante da Polícia Militar de Mafra, coronel da reserva Marcelo Pereira, contra o vereador Abel Bicheski, por falta de decoro e ato de improbidade administrativa no exercício do mandato.

 

De acordo com a petição ex-comandante menciona que o vereador Bello, usando da tribuna, dos recursos e da transmissão via internet, faz reiteradas falas difamatórias, injuriosas e caluniosas, de maneira injusta e falsa contra ele nas sessões de 18 de maio e 8 de junho.

 

Na primeira ocasião o vereador Belo disse que o oficial “era um cara muito malvisto na comunidade sem sombra de dúvida”, bem como se referiu de maneira pejorativa aos advogados de Mafra. Na segunda fala, o vereador afirmou que o ex-comandante estaria constrangendo e coagindo os vereadores e cometendo crime de violência contra a mulher, ao exigir providências disciplinares pela falta de ética do vereador.

 

Vanderlei Peters, Sérgio Severino, Mario Skonieski, Everton Stach e David Roeder votaram pelo recebimento e processamento da denúncia, enquanto Wagner Grossl; Rafael Cavalheiro; Jonas Heide; João Ferreira e o suplente Ary Puttkamer votaram pelo não recebimento e arquivamento do feito.

 

Diante do empate e com a ausência da presidente Dircelene Dittrich, coube a Jonas Schultz decidir, que votou pelo não recebimento da denúncia e assim, livrando Abel Bicheski de responder pelas acusações.

 

Para Marcelo Pereira, o fato de qualquer cidadão exigir providências administrativas de órgão público não é coação ou constrangimento e nem crime contra a mulher. “A lei naturalmente coage todas as pessoas a cumpri-la, sobretudo os agentes políticos. Respeito, mas lamento a decisão de arquivamento, e defendo que a fala dos vereadores deve ser utilizada para assuntos de interesse público e não para o fim único de caluniar, difamar e injuriar qualquer cidadão”, destacou.

 

Mesmo decidindo pelo não recebimento e arquivamento, ao final da sessão alguns vereadores deram uma “puxada de orelha” em Bello sobre o uso do espaço para falas de interesse pessoal.

 

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