Alesc vota impeachment, mas afastamento não é imediato

No plenário, 40 deputados votarão se aceitam ou não a decisão da comissão de impeachment para decretar a abertura do processo que poderá culminar no afastamento do governador Moisés.

 

A quinta-feira (17) promete ser longa na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. No plenário, os 40 deputados votarão se aceitam ou não a decisão da comissão de impeachment para decretar a abertura do processo que poderá culminar no afastamento do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice Daniela Reinehr (sem partido).

 

Segundo apurou a Coluna, nos bastidores, ainda não há definição de placar e há quem acredite que Moisés pode ter uma chance, após a denúncia do MPF contra Julio Garcia (PSD) ter sido divulgada, na última terça-feira.

 

O caminho entre a votação em plenário e o afastamento propriamente dito pode parecer longo. Após a decisão, o tribunal misto, que será formado por deputados e desembargadores, precisará dar aval para prosseguimento do caso. E isso ainda depende da notificação do presidente do Tribunal de Justiça, da instalação da comissão mista, da escolha de relator e da análise, para então se ter o parecer. No entanto, tudo pode ocorrer em poucos dias, ou, no máximo, em até 15 dias.

 

E se em todas as demais situações o plenário é soberano em suas decisões, no caso do impeachment a decisão dos deputados, caso seja pelo afastamento do governador e da vice, dependerá do aval do tribunal misto (formado por deputados e desembargadores).

 

Frente

PT e PSOL confirmam a composição na cabeça de chapa para disputar a prefeitura da Capital. Elson Pereira (PSOL) será o candidato a prefeito, com Lino Peres (PT) de vice em uma ampla Frente de Esquerda. Os partidos de esquerda não se reúnem em torno de uma candidatura única desde as eleições municipais de 1996. Em 2020, PSB, PDT, PCdoB, Rede e UP também compõem a aliança na capital de Santa Catarina, até o momento, a única do país a testar a força da esquerda e do antibolsonarismo. Na foto de Bianca Taranti, de 2018, Lino Peres acompanhava a passagem de Boulos por Florianópolis, quando pregou a união da esquerda em torno de uma candidatura nacional. Demorou, mas PSOL e PT acabaram se entendendo na Capital catarinense.

 

Mistério Chinês

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieri, reforça ofício encaminhado pela Federação aos Sindicatos Rurais de todo o Estado para alertar os produtores sobre o eventual recebimento de pacotes de sementes provenientes da China. O relato da entrega do material via Correios em algumas propriedades foi feito por agricultores catarinenses esta semana, gerando preocupação dos órgãos responsáveis. A orientação é para que os produtores, ao receberem o material não solicitado, o levem até o escritório mais próximo da Cidasc ou do MAPA para que seja recolhido. Os pacotes começaram a surgir em diversas regiões do país, e ainda é um mistério.

 

Igrejas  

Membros das  bancadas do PSC e do PSD defenderam ocupação de 50% nos templos localizados em regiões com risco moderado para Covid-19. Jair Miotto (PSC) disse que busca um diálogo para ampliar a taxa de ocupação das igrejas. Desde o dia 20 de abril os locais estão funcionando com 30% da capacidade, muitos setores estão ampliando a taxa de ocupação 50% nas regiões com risco moderado, e as igrejas não querem ficar de fora dessa.

 

INSS no Sul 

A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) conseguiu garantir com o presidente do INSS Leonardo Rolin que as agências da Região Sul de Santa Catarina estejam abertas a partir de segunda-feira.  Geovania solicitou audiência com Rolim para tentar acelerar o processo de retomada das atividades presenciais do instituto em todo o estado.