Covid-19: quase 100 mil pessoas não tomaram segunda dose da vacina em SC

O festival de fake news em torno das vacinas, aliado à falta de campanhas de informação, contribuem, e muito, para a montagem desse cenário.

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Os números assustam. Até o momento, passado exatos cinco meses do início da vacinação contra a covid-19 em Santa Catarina, aproximadamente 100 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose.

 

Para ser preciso, conforme dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológia do estado (Dive-SC), 99.525 pessoas estão com o esquema incompleto. Desses, 57.124 pessoas tomaram a Coronavac e 42.401 foram aplicados pela AstraZeneca – não há registros da Pfizer. Os dados são de 14 de junho, ou seja, na próxima atualização a tendência é subir ainda mais.

 

Especialistas ainda buscam respostas para as ausências, mas nem precisa de muita investigação para reconhecer que o festival de fake news em torno das vacinas, aliado à falta de campanhas institucionais de informações, contribuem, e muito, para a montagem desse cenário.

 

Especialistas apontam ainda que quem não completar o esquema vacinal está mais sujeito à infecção. Até por isso, esse indivíduo não contribui tanto para o controle da circulação do vírus. Como se não bastasse, a aplicação parcial pode favorecer versões mais resistentes do coronavírus. Ou seja, uma suposta variante mais potente do vírus poderia não resistir em um corpo que recebeu duas doses, mas se proliferar em outro que só tomou uma.

 

A estratégia de vacinação começou em Santa Catarina em 18 de janeiro deste ano, quando três pessoas tomaram as primeiras doses no Instituto Cardiologia em São José. Agora, em 18 de junho, os números apontam o seguinte quadro no estado: a 1ª dose foi aplicada em 2.243.784  (30,94%); a 2ª dose foi injetada em 768.574 (10,6%). Ao todo, 3.012.358 de pessoas receberam as duas picadas.

 

Nos grupos prioritários, 89,74% tomaram a primeira dose; e 33,88%, a segunda aplicação. A expectativa do governo é imunizar toda a população até outubro. Mas se os “esquecidinhos” não comparecerem, ficará difícil bater a meta.

 

Aeroporto de Joaçaba

O senador Jorginho Mello (PL-SC) garantiu recursos para as obras de ampliação da pista do Aeroporto Santa Terezinha, em Joaçaba. A verba de R$ 16 milhões foi articulada pelo parlamentar junto à Secretaria de Aviação Civil (Sac) e será repassada para a prefeitura.  “Faz quase dez anos que não se tem mais um voo comercial. Isso estava mais do que na hora de chegar ao fim”, destacou o senador, natural da região. A expectativa da SAC é de que Joaçaba volte a operar rotas diárias que ligarão às cidades de Chapecó, Lages e a Florianópolis.

 

Lactantes são prioridades

O governador Carlos Moisés (PSL) sancionou na manhã desta quinta-feira (17), lei que coloca mulheres que estão em fase de amamentação, chamadas lactantes no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19. “Pudemos ver que o Estado de Santa Catarina se preocupa com as mães e as crianças”, disse Isabel Cristina de Oliveira Dionísio, representante do movimento de lactantes pela vacina em Santa Catarina. O projeto é de autoria do deputado estadual João Amin (PP), foi aprovado na (Alesc). “Foi um movimento da sociedade civil organizado espontaneamente e que teve força. O momento é de agradecer a todos que se envolveram nesta causa. Com apenas uma vacina, nós poderemos imunizar duas ou mais pessoas”, diz o deputado.

 

Defesa dos animais

O deputado Március Machado (PL) comunicou que a Comissão de Constituição e Justiça deliberou projeto de sua autoria que proíbe as corridas dos cachorros da raça galgo, utilizados em apostas. “Que Santa Catarina não permita a utilização de animais para que pessoas sádicas ganhem dinheiro”. O parlamentar falou ainda de um projeto de sua autoria que responsabiliza todos os agentes envolvidos na farra do boi – o dono do terreno, o dono do caminhão que transporta o boi e o motorista, por exemplo.

 

Tornozeleiras eletrônicas

O deputado Felipe Estevão (PSL) protestou que o Estado deve fazer cumprir a lei da tornozeleira eletrônica, de autoria dele, que responsabiliza o apenado pela compra de seu próprio dispositivo. Conforme Estevão, existem quase 15 mil apenados em regime semiaberto que saem da prisão com os equipamentos. “Ainda estamos pagando pelas tornozeleiras. A lei tem que entrar em vigor”, disse o parlamentar, que pediu que o governo leve a sério a implementação da lei. Ele revelou que recebeu ameaças do crime organizado em função dessa iniciativa.