Estelionatos aumentam em Rio Negro e Polícia Militar alerta como prevenir

Com o significativo aumento, a Polícia Militar de Rio Negro listou os golpes mais comuns e como evitá-los.

Foto: Robson Komochena

 

Intensificados em 2020 com a pandemia, os golpes virtuais continuam fazendo vítimas tanto em transações eletrônicas quanto pessoalmente.

 

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O número de pessoas vítimas desse tipo de crime segue em significativo aumento, o que tem chamado atenção da Polícia Militar de Rio Negro, que listou os golpes mais comuns.

 

WhatsApp clonado

Uma pessoa envia mensagem dizendo ser funcionário de site de compra ou estabelecimento onde a vítima supostamente foi sorteada. O golpista pede que a vítima digite um código de seis números, porém, esse código é a verificação do WhatsApp e com ele o criminoso consegue clonar a conta do consumidor.

 

Após a clonagem, o golpista passa a enviar mensagens para os contatos da vítima pedindo dinheiro no nome dela. Na maioria das vezes, o infrator pede dinheiro para parentes e conhecidos, simulando alguma necessidade urgente.

 

Bilhete premiado

Neste golpe, o estelionatário se diz em posse de um bilhete premiado da loteria, mas que não pode ou não consegue retirar o prêmio.

 

Além de pedir ajuda, o estelionatário promete uma compensação em dinheiro após receber seu prêmio. A promessa de uma grande quantia de dinheiro fácil e rápido é o que faz com que muitas vítimas acabem caindo na armadilha.

 

Após aceitar ajudar a receber o suposto prêmio, é exigido pelo golpista algo para servir de garantia: dinheiro, joias ou qualquer outro bem de valor.

 

Lojas falsas

Geralmente anunciados pelas redes sociais, os golpistas usam marcas famosas e tradicionais. Eles criam uma loja falsa em um site, com preços baixos, tornando o suposto produto atrativo. No formulário de compra online, é solicitado o número, código de segurança e senha do cartão.

 

Além da suposta compra nunca chegar, em posse dos dados, os golpistas utilizam os mesmos para efetuar compras em outros sites.

 

Golpe dos “nudes”

As vítimas desse golpe, geralmente são homens de meia idade. Eles são procurados pelas redes sociais por uma suposta moça, geralmente menor de idade. Os golpistas induzem a vítima a trocar mensagens e até fotos íntimas.

 

Em posse dessas informações, surge o suposto pai da menina, coagindo a vítima a enviar dinheiro, sob ameaças de denúncia na polícia.

 

Como evitar

O comandante da PM em Rio Negro, capitão Paulo Eduard Antonio Lemes destacou formas de evitar os golpes.

 

Sobre o WhatsApp, o capitão orientou a nunca fornecer nenhum código recebido a terceiros, bem como, utilizar a “autenticação de dois fatores” no aplicativo.

 

O capitão também alertou que lojas online nunca pedem senha de cartão de crédito. Também orientou para que as pessoas verifiquem se no endereço consta o “https”, que seria um protocolo seguro para navegação.

 

“Geralmente esses golpes são aplicados por pessoas de outras cidades, que utilizam números falsos. Lojas falsas e WhatsApp clonado, na maioria, são através de números de São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o golpe da ‘menina na rede social’, na maioria, é feito por números do Rio Grande do Sul”, comentou.

 

O comandante da PM em Rio Negro, capitão Paulo Eduard Antonio Lemes destacou formas de evitar os golpes. Foto: Douglas Dias

 

Vítima relata tentativa de golpe

Em conversa com o Riomafra Mix, o empresário Ibsen Ribas Kalil informa que, por pouco, não foi vítima de um golpe.

 

Utilizando uma conta de WhatsApp com a foto da sua filha, os golpistas tentaram se passar pela mesma. Eles enviaram mensagens pedindo dinheiro.

 

“Eles usaram a mesma foto utilizada pela minha filha no WhatsApp e, se passando por ela, disseram que havia trocado de número. Na conversa, me chamaram de ‘pai’ e pediram dinheiro. Foi aí que imediatamente suspeitei e liguei para minha filha, onde constatei que era um golpe”, contou.