Identificado por DNA, homem é condenado a 28 anos de prisão por roubo em Itaiópolis

A pena de mais de 28 anos de prisão deverá ser cumprida em regime inicial fechado.

Um crime ocorrido há cerca de sete anos em Itaiópolis teve seu inquérito concluído recentemente. Denunciado por roubo e tentativa de latrocínio, um homem foi condenado a 28 anos, nove meses e um dia de reclusão.

 

A autoria do crime foi comprovada por meio da comparação de exames de DNA de material. Na época, apesar de ferido, o réu conseguiu fugir do local do crime, sem ser identificado, mas deixou sangue como evidência. Tempos depois, quando foi preso em São Paulo por roubo a um carro-forte, a comparação do DNA colhido nas duas ocorrências comprovou tratar-se da mesma pessoa.

 

De acordo com a ação penal, ajuizada pelo promotor de Justiça da Comarca de Itaiópolis, Pedro Roberto Decomain, o réu Ricardo Aguiar Santana chegou na cidade em 30 de novembro de 2013, com mais três comparsas, todos fortemente armados, em um veículo furtado no interior do Paraná. O objetivo do grupo era roubar o dinheiro do caixa eletrônico instalado no posto de serviço bancário de uma empresa local.

 

Durante o crime, Ricardo ficou encarregado de dar cobertura ao grupo em frente ao portão da empresa, enquanto os demais entraram no e renderam dois seguranças, para então explodir o caixa eletrônico e roubar mais de R$ 55 mil. No momento em que o roubo ocorria, dois policiais chegaram e trocaram tiros com o réu, que ficou ferido.

 

No conflito, um dos policiais também foi atingido, recebendo dois tiros no colete à prova de balas e um no abdômen – ferimento grave que o afastou por cerca de quatro meses do serviço.

 

Segundo o promotor, os três tiros que atingiram o policial configuram a conduta típica do crime de latrocínio tentado, onde vítima só não morreu por condições alheias à vontade dos criminosos.

 

Com a chegada dos policiais, os criminosos fugiram levando um dos seguranças como refém. O veículo que utilizavam foi danificado na troca de tiros, sendo abandonado pouco depois, quando o grupo invadiu uma casa, roubou outro veículo e fugiu. Posteriormente, o refém foi liberado.

 

Em toda a ocorrência, os criminosos estiveram com o rosto protegidos por balaclavas, o que impediu a identificação no momento. No entanto, foi encontrando sangue do réu no veículo abandonado, que foi coletado pela perícia técnica. A amostra de sangue passou, então, por exame de DNA, sendo inserido o resultado no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

 

O DNA, primeiro, coincidiu com o de outro roubo semelhante, praticado na cidade de Píer, no Paraná, também sem identificação dos autores. Tempos depois, Ricardo foi preso em São Paulo, depois do roubo a um carro-forte, e teve seu perfil genético examinado. Com o resultado, foi possível identificá-lo, também, como um dos autores dos crimes praticados em Itaiópolis e no Paraná.

 

No último dia 31 de agosto, a ação penal ajuizada na Comarca de Itaiópolis foi julgada procedente pelo juiz de direito Gilmar Nicolau Lang, condenando o réu pelos crimes de roubo, majorado pelo emprego de arma de fogo e por ter sido praticado em concurso de pessoas, e tentativa de latrocínio.

 

A pena de mais de 28 anos de prisão deverá ser cumprida em regime inicial fechado. A decisão é passível de recurso.

 

Tiro de fuzil perfurou o colete balístico do policial militar