Aposentado se dedica à profissão de garçom há 48 anos em Riomafra

Conhecido por “Mancha” ou “Mecha”, Narciso Oliveira já passou por diversos restaurantes, clubes, churrascarias e casas de eventos da região.

 

 

Narciso Oliveira é aposentado, mas tem uma longa trajetória como garçom na região. Conhecido por “Mancha” ou “Mecha”, ele se dedica à profissão há 48 anos.

 

Morador do bairro Alto, em Rio Negro, Narciso começou a trabalhar de garçom na década de 70 e passou por diversos restaurantes, churrascarias, clubes e casas de eventos. O currículo conta com passagens pelo Clube Rionegrense, Sociedade Fuchs, Churrascaria Pampas, Clube Santa Helena, Churrascaria Fronteira, Churrascaria Buriti, entre outras.

 

Durante os anos de trabalho, Narciso conta que criou muitos laços com clientes pelos lugares onde passou. “A gente é orientado a não falar muito com eles, mas tem gente que gosta de puxar papo, que é muito solícita. Sempre me receberam muito bem e por isso, sempre busquei atendê-los da melhor forma”, conta.

 

Para Narciso, apesar das alegrias da profissão, a categoria merecia ser mais valorizada, uma vez que o garçom ainda é muito subjugado por uma parcela da sociedade. Além disso, muitos destes profissionais conciliam a profissão com outros trabalhos e abdicam de fins de semana, feriados e momentos com a família.

 

Ainda assim, para Narciso, é uma honra poder servir as pessoas e fazer parte de momentos especiais. Mesmo com anos de experiência, ele conta que já passou por algumas situações embaraçosas na profissão. “Em minha defesa, a maioria das vezes que deixei uma bandeja cair, foi por conta de outras pessoas que esbarraram em mim. Nessas horas, todo mundo olha e você não sabe onde enfiar a cara”, relembra com bom humor.

 

Foto: Wesley Gabriel

 

Outro momento marcante foi quando o garçom serviu os atores Tarcísio Meira, Stênio Garcia e Antônio Fagundes em uma churrascaria da região. “Todos foram muito simpáticos, me elogiaram muito. Para mim, foi um prazer servi-los. Só me arrependo de nunca ter pedido uma foto”, disse.

 

Independentemente da pessoa ou da classe social, Narciso conta que sempre tratou todos de igual para igual e atribui os anos de profissão à sua dedicação e cuidado. “Não é um trabalho difícil. Qualquer pessoa pode se tornar garçom, se estiver disposto a aprender e se aperfeiçoar”, concluiu.

 

Foto: Wesley Gabriel