Jovem de Florianópolis procura família biológica em Rio Negro

Luisa Corrêa nasceu em 1995 com o nome de Scarlate Krauss e foi deixada para adoção no Hospital Bom Jesus.

Fotos: Arquivo pessoal

 

 

Luisa Corrêa, de 26 anos, iniciou uma jornada para encontrar sua família biológica em Rio Negro. Ela nasceu em 27 de maio de 1995 e com um ano e meio, foi adotada por uma família de Florianópolis.

 

Sem muitas informações, Luisa sabe que seu primeiro nome era Scarlate Krauss (grafia incerta) e que foi deixada para adoção pela Polícia Militar no Hospital Bom Jesus, em Rio Negro.

 

Ela vivia com a avó, um irmão mais velho e a mãe que supostamente tinha o apelido de “Pida”. “Até onde sei, a família enfrentava muitas dificuldades financeiras. Inclusive, meu irmão pedia comida para os vizinhos todos os dias”, disse.

 

Supostamente, naquela época, a Polícia Militar recebeu uma denúncia e encontrou Luisa ainda bebê em casa, com muita febre. “Eu fui levada para o hospital e diagnosticada com anemia e pneumonia. Dizem que minha mãe chegou a aparecer lá, mas logo foi embora. Por este motivo, a polícia me encaminhou para a adoção e fui levada pelos meus pais para Florianópolis, onde vivo até hoje”, conta.

 

Momento em que Luisa foi adotada em Rio Negro.

 

A adoção ocorreu de forma legal pelo Fórum da Infância e Juventude e Luisa foi registrada já com o nome adotivo. “Sempre soube que fui adotada e na adolescência, comecei a pensar na possibilidade de conhecer minha família biológica. Meus pais apoiaram minha decisão, mas me pediram para fazer terapia antes. Eles queriam me preparar e me preservar caso algo ruim acontecesse. Existem muitas possibilidades, meus pais biológicos podem já não estar mais vivos ou talvez não queiram me conhecer. A terapia me ajudou a ter maturidade emocional para enfrentar isso”, revela.

 

Aos 19 anos, Luisa engravidou e deixou a história da adoção de lado para se dedicar à criação da filha, mas com o tempo, a vontade de conhecer suas raízes reacendeu. “Ultimamente, tenho visto muitas notícias sobre Rio Negro e algo me trouxe de volta para esse caminho. Tenho vontade de reencontrá-los, saber de onde eu vim e até ajudá-los, se for preciso. Além disso, posso entender melhor meu histórico familiar e de saúde”, afirma.

 

Atualmente, Luisa trabalha na área administrativa de uma clínica em Florianópolis, é divorciada e tem uma filha de 6 anos. “Cresci numa família maravilhosa, com um irmão e uma irmã mais velha. Tive uma vida estável e com muitas oportunidades e hoje moro com meu atual parceiro e os filhos dele. Sinto que agora é o momento certo de dar mais um passo e ir atrás da minha história”, concluiu.

 

Para ajudar Luisa com qualquer informação sobre o paradeiro da família, clique aqui para entrar em contato.