Pesquisadoras da UFRJ buscam informações sobre meteorito que caiu em Rio Negro há 87 anos

As meteoríticas investigam sobre o meteorito de 1,31 quilos que, em 21 de setembro de 1934, caiu na cidade.

 

Na noite de 21 de setembro de 1934, uma pequena bola de fogo cortava o céu de Rio Negro. Era um meteorito, de 1,31 quilos que caia em uma pequena fazenda, próxima ao rio. Desse material, um fragmento de aproximadamente 300 gramas é preservado no Observatório do Vaticano, em Roma.

 

Isso é tudo que se sabe, até então, sobre a queda de um meteorito, há 87 anos, em Rio Negro.

 

Pesquisadoras Amanda Tosi, Maria Elizabeth Zucolotto e Diana Paula Andrade na primeira visita a Rio Negro, na última semana. Fotos: Divulgação

 

Na tentativa de levantar mais informações sobre o ocorrido, um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estará na cidade na tarde desta segunda-feira (28).

 

Diana Paula de Pinho Andrade, Maria Elizabeth Zucolotto e Amanda Araújo Tosi estão juntas há quatro anos e trabalham na divulgação, caça e pesquisas de meteoritos. Oficialmente, são chamadas de meteoríticas.

 

Trabalho de pesquisa de campo.

 

Maria Elizabeth estuda sobre o tema há quase 40 anos, desde seu doutorado. A Amanda fez o mestrado e o doutorado com meteoritos e há cerca de oito anos trabalha na área. E Diana começou a estudar meteoritos em 2016.

 

O grupo trabalha buscando recuperar a história dos meteoritos brasileiros, além de estudar os novos e classificá-los, registrando no boletim da Sociedade Meteorítica Internacional.

 

“Estamos buscando mais informações sobre o de Rio Negro, na tentativa de recuperar sua história. É cientificamente e historicamente importante”, explica Diana.

 

Estudos de meteoritos em laboratório.

 

As pesquisadoras já estiveram na cidade na última semana e voltam para buscar mais informações sobre o acontecimento. “Queremos tentar descobrir onde exatamente ele caiu, a região que foi achado. Para isso, é muito importante relatos de pessoas ainda vivas da época, ou de seus filhos e netos” pontou.

 

As pesquisadoras se dizem surpresas pelo fato de poucas pessoas saberem e haver raros registros sobre o acontecimento. “A gente tenta despertar o interesse da população nesse assunto e vamos buscando informações. É uma investigação, um trabalho de detetive mesmo”, concluiu.

 

Nesta tarde, as pesquisadoras serão recepcionadas pela equipe da Secretaria de Cultura e Turismo. Elas também terão encontro com o professor Luiz Carlos Weinschütz, do Cenpáleo/UnC.