Por problemas estruturais, Educação interdita prédio antigo da Escola Ana Zornig

Alunos serão transferidos para outras duas creches do município, até que situação se resolva.

Foto: Wesley Gabriel

 

 

As intensas chuvas dos últimos dias agravaram a situação das salas de aula do prédio antigo da Escola Municipal Ana Zornig, em Rio Negro.

 

Para garantir a segurança dos alunos, na sexta-feira (3), a Secretaria Municipal de Educação decidiu adotar medidas emergenciais e interditar as salas de aula em estado crítico.

 

Com a interdição, algumas turmas foram realocadas para outras instituições. O Maternal 2 foi encaminhado para o CMEI Lenir Rodrigues e o Pré 1 para o CMEI Agostinho Paizani. Já os alunos do Pré 2 permanecem na Escola Ana Zornig, mas foram realocados para salas no prédio novo da instituição.

 

Em comunicado, a secretaria afirmou que os alunos retornarão para suas salas de origem, assim que houver uma manutenção no espaço. No entanto, ainda não há previsão de retorno.

 

A pasta informou ainda que vai disponibilizar transporte aos alunos que serão transferidos para outras creches.

 

Segundo uma professora ouvida pelo Riomafra Mix, uma denúncia sobre a situação crítica das salas foi registrada no Ministério Público em fevereiro, e desde então a prefeitura não tomou nenhuma medida de manutenção. Ela alega ainda que o antigo prédio apresenta problemas há cerca de 8 anos e que a decisão de interditar o espaço aconteceu agora apenas para mostrar ao Ministério Público que estão tomando alguma providência.

 

De acordo com o pai de um dos alunos, a situação é revoltante e essa separação tende a prejudicar o ensino e as relações entre as crianças. “Não dá pra ficar jogando os alunos de um lado para o outro. Acredito que dentro da escola mesmo, conseguiríamos um espaço para atender essas turmas. Precisamos pressionar a prefeitura para que tomem uma atitude imediata, já que deixaram a escola chegar nesta situação”, afirma o pai.

 

Ministério Público

O Ministério Público afirmou em nota, que o órgão segue realizando um acompanhamento contínuo na instituição, porém, até o momento, não houve determinação da promotoria para interdição das salas ou para a realocação dos alunos. A decisão foi tomada exclusivamente pela Secretaria de Educação.