Conheça as possíveis causas de obstrução intestinal

Problema ocorre quando há o bloqueio parcial ou completo da passagem das fezes e gases pelo intestino.

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A obstrução intestinal é uma interrupção do funcionamento normal do intestino, causada por um bloqueio que impede a passagem de fezes e gases pelo órgão. A doença ganhou foco nesta quarta-feira (14) após o presidente Jair Bolsonaro ser diagnosticado com um quadro de obstrução intestinal em Brasília.

 

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo, Christiano Claus, a obstrução pode ter diferentes causas. “No intestino delgado as duas principais são as aderências – que geralmente estão associadas a cirurgias prévias – e as hérnias da parede abdominal. A obstrução também pode ocorrer no intestino grosso e nesse caso a principal causa é um tumor ou uma neoplasia”, explicou.

 

Também há a obstrução total e a obstrução parcial de intestino, chamada de suboclusão. “Nos casos das totais, invariavelmente ocorre um bloqueio completo da possibilidade do trânsito intestinal, exigindo cirurgia. Nos casos de obstrução parcial, o paciente pode ter uma solução sem necessidade de operar”.

 

Entre os principais sintomas estão dores abdominais (cólicas), estufamento abdominal, parada da eliminação de gases e fezes e a presença de vômitos que se tornam cada vez mais intensos e frequentes.

 

A tomografia de abdome é a melhor forma de diagnóstico. “Muitas vezes é capaz de dar o diagnóstico preciso e também da causa da obstrução, como uma hérnia, aderência ou tumor”, afirma o especialista.

 

Para aliviar os sintomas do paciente geralmente é esvaziado o estômago com o uso de uma sonda, com o objetivo de reduzir os vômitos. “Além disso, é importante manter o jejum, fazer reposição hidroeletrolítica endovenosa e o uso de antibióticos para evitar infecções”.

 

A partir da realização do exame que se define a necessidade ou não da cirurgia e a complexidade do caso. “O principal cuidado é evitar para que a obstrução evolua para uma isquemia, que pode levar a uma piora significativa do caso”, alerta o cirurgião.