Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais alerta para importância da testagem

Testes podem ser realizados de forma gratuita nos serviços de saúde de todo o estado. 

Foto: Divulgação

 

 

As hepatites B e C são as maiores causadoras de óbitos na população catarinense dentre as hepatites virais. No ano de 2020, foram registradas 56 mortes pela infecção, sendo 36 pela hepatite C e 20 pela hepatite B.

 

No mesmo ano, também foram notificados 1.682 casos da infecção (hepatite B – 877/hepatite C – 805). No entanto, os tipos virais são evitáveis, podem ser tratados e, no caso, da hepatite C, o tratamento pode levar à cura. 

 

A gerente das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) Aids e Hepatites Virais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), a médica infectologista Regina Célia Santos Valim, explica que o que mais preocupa é que as hepatites virais são doenças silenciosas e muitas vezes não apresentam sintomas. Esse desconhecimento faz com que a doença evolua no corpo do paciente, afetando cada vez mais o fígado.

 

“O avanço das hepatites, sem o devido tratamento, pode levar a doenças graves como fibrose avançada ou cirrose, além de câncer, sendo necessária a realização de transplante de órgão. Por esse motivo, é de extrema importância que a pessoa saiba que está infectada para iniciar o tratamento o quanto antes”, esclarece a médica.

 

É essencial que todo cidadão realize testes para a detecção das hepatites virais pelo menos uma vez na vida. Esse é o alerta do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado no dia 28 de julho. No caso das populações mais vulneráveis, a recomendação é que os testes sejam feitos periodicamente.

 

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção das hepatites virais que ficam prontos em menos de 30 minutos. Os testes podem ser realizados de forma gratuita nos serviços de saúde de todo o estado.

 

A hepatite B não tem cura, mas pode ser prevenida com a vacinação e tratada com medicamentos disponíveis no SUS. Para a hepatite C não há vacina, mas o tratamento, também disponível no SUS, pode levar à cura. Tanto a hepatite B quanto a C, se não tratadas, podem causar hepatite aguda e crônica.

 

Com informações do Governo de Santa Catarina.