Santa Catarina quer reativar ferrovia abandonada entre Mafra e Porto União; entenda
Pela proposta, a Rumo manteria a responsabilidade sobre apenas 300 quilômetros de trilhos, entre São Francisco do Sul e Mafra.
O Governo de Santa Catarina anunciou que pretende assumir a gestão do trecho ferroviário entre Mafra e Porto União, que atualmente está fora das operações da concessionária Rumo Logística.
A medida faz parte de um projeto estadual que visa recuperar ramais ferroviários abandonados, criar um novo marco legal para o setor e impulsionar o transporte de cargas e passageiros.
O trecho que atravessa o Planalto Norte, passando por cidades como Canoinhas, é um dos mais impactados pela inoperância da concessionária, que mantém atividades apenas entre São Francisco do Sul e Mafra.
A proposta foi anunciada pelo governador Jorginho Mello (PL) e pelo secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, durante evento em Florianópolis, e já foi encaminhada à Assembleia Legislativa (Alesc).
Pela proposta, a Rumo manteria a responsabilidade sobre apenas 300 quilômetros de trilhos, entre São Francisco do Sul e Mafra. Já os demais 1.400 quilômetros da malha catarinense, atualmente fora do escopo de operação da concessionária, passariam para a gestão estadual, com foco em parcerias com a iniciativa privada.
“Com uma economia em expansão, Santa Catarina precisa de uma rede ferroviária eficiente”, defendeu Beto Martins. A intenção, segundo ele, é reabilitar trechos estratégicos e viabilizar o chamado “direito de passagem”, para garantir conexões com a malha federal e atrair investimentos, inclusive internacionais. Uma das possibilidades citadas é o uso das linhas da antiga Malha Sul para criar roteiros turísticos com trens de passageiros.
O governador Jorginho Mello destacou o protagonismo do Estado nas questões de infraestrutura. “O que não quiserem fazer, nós faremos. Já propusemos até a estadualização da BR-282”, afirmou.
A solicitação para que o Estado assuma os trechos fora do contrato da Malha Sul já foi encaminhada ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O próximo passo será uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, na qual o governo catarinense pretende reforçar a posição em defesa da malha ferroviária estadual.
Com informações do Governo de SC.
