Coronavírus: Prevenção ainda é desafio para empresas riomafrenses
Durante os últimos dias, Secretarias de Saúde de Mafra e Rio Negro, Secretaria de Educação, de Ação Social, Defesa Civil,
Durante os últimos dias, Secretarias de Saúde de Mafra e Rio Negro, Secretaria de Educação, de Ação Social, Defesa Civil, Vigilância Sanitária e prefeitos de toda a região estiveram focados em projetos e ações para prevenção e possível contenção de casos de coronavírus.
Apesar de todas as medidas orientadas pelas autoridades, o que se tem visto em Riomafra é uma população dividida quanto à atenção a saúde. Após o decreto catarinense que suspendeu diversas atividades comerciais, alguns estabelecimentos em Rio Negro foram solidários
e também fecharam as portas, ainda na quarta-feira, quando não havia uma decisão paranaense.
“A população precisa fazer sua parte, as ações não devem aguardar uma decisão para evitar a pandemia”, disse o empresário Ricardo Pereira, que resolveu fechar junto com os estabelecimentos mafrenses. Para ele, apesar dos prejuízos que a ação trará a toda sociedade, este é o momento de tomar decisões assertivas para salvar vidas.
Um empresário dono de restaurante em Rio Negro e que também aderiu ao fechamento antecipado, desabafou sobre a apreensão que a situação vem causando a todos. “Mesmo com inúmeras medidas de proteção que adotamos, o movimento já vinha caindo, acabamos tendo medo pelos clientes e por nós mesmos, isso sem falar nas preocupações com os compromissos financeiros”, pontua.
“Vamos servir somente marmitas ao meio dia, assim evitamos aglomeração e ajudamos quem não pode cozinhar”, disse uma empresária local após o decreto em Mafra.
“Você não é especial”
Por outro lado, algumas empresas consideradas essenciais segundo o Decreto, ainda não adotaram medidas para proteger seus funcionários e clientes. Na última quarta-feira (18), a corrida aos supermercados riomafrenses causou o esvaziamento de prateleiras e nem todas empresas estavam preparadas com as medidas protetivas. Com isso, reclamações e denúncias se tornaram uma constante.
“O departamento de Recursos Humanos da empresa disse que eu não era especial. Pra mim, eu sou especial sim”, disse a funcionária de um supermercado à redação do Riomafra Mix. Ela contou que, após pedir álcool na empresa ouviu a negativa dos gestores. “O gerente disse que se antes nunca lavamos as mãos porque agora iriamos ficar lavando toda hora. Talvez seja porque a gente vive uma pandemia né”, reclamou. Segundo ela, a preocupação para quem trabalha com o público ainda é grande e as empresas estão longe de adotar medidas realmente eficazes para proteger as pessoas.
A Federação do Comércio orienta a quem precisa trabalhar durante o período de restrições a constante higienização dos locais de trabalho com o uso de hipoclorito ou álcool 70%, especialmente das superfícies. Outra recomendação é que os empresários permitam aos trabalhadores lavar as mãos frequentemente, além de disponibilizar dispensadores de álcool gel em diversos locais, bem como o uso de luvas para quem tem contato mais próximo com o público e objetos diversos, a exemplo do que acontece nos supermercados.