Em vídeo, família reclama de impunidade no caso Heloísa
Alexandre relembrou da comoção nacional e internacional que o caso trouxe, o que não foi suficiente para a celeridade do caso.

Em um vídeo postado nas redes sociais neste fim de semana, o jornalista Alexandre Lisboa, tio da pequena Heloísa Mathias Lisboa, relembrou os episódios que levaram a morte do bebe há 3 anos. Segundo ele, são três anos de saudade, impunidade e à espera de justiça.
“O vídeo de hoje é em forma de protesto, ainda não temos nenhuma conclusão desse caso! Não quero nem entrar no mérito da questão judicial, até porque não tenho conhecimento para tal, mas fato é que ainda não temos nenhuma conclusão com relação a esse triste acontecimento”, desabafou.
Alexandre também lembrou da comoção nacional e internacional que o caso trouxe e encerrou o vídeo com uma mensagem da família.
“Ninguém tem o direito de decidir o fim de uma vida, ainda mais aquela que só iniciava. Profissionais da saúde que não dão o máximo para estar ali, devem dar lugar para quem merece essa profissão. A resposta da dúvida se era o fim dela ou não? Nunca saberemos, mas quem faltou com seu dever deve pagar, ou ao menos se explicar. Essa é a nossa busca, esse é o nosso protesto. A Helô está num bom lugar, nos braços do pai, aquele que dá e aquele que tira (a vida) mas dessa vez, sentimos que não era a hora”, finalizou.
Relembre o caso
Na madrugada dia 7 de junho de 2017, a paciente deu entrada no Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, com quadro de broncopneumonia com necessidade de internação. Na noite seguinte, o quadro clínico da criança se agravou e, na manhã do dia 8 de junho, foi obtida uma vaga em UTI no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, em Joinville.
Às 10h do mesmo dia, foi feito o primeiro contato com o Samu para viabilizar a transferência da paciente. A viatura, no entanto, não foi disponibilizada por estar sem combustível. Além disso, não foi permitido pelas autoridades do Samu que o veículo fosse abastecido por terceiros, como se propôs a fazer o pai da criança. Às 17 horas, o quadro clínico agravou-se ainda mais, e a criança precisou ser entubada e necessitou de ventilação mecânica, vindo a óbito horas mais tarde.
Denúncia
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou à Justiça denúncia contra sete diretores – cinco deles médicos – e dois médicos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) catarinense, além de uma médica plantonista do Samu, por conta da morte de Heloísa. O caso aguarda julgamento.