Voluntários promovem mutirão de limpeza das margens do rio da Lança neste sábado
Ação é promovida pelo grupo Ecobarreira Riomafra, em parceria com diversas entidades, e é aberta à participação de toda a população.


O projeto Ecobarreira Riomafra, em parceria com diversas entidades, promove a 2ª edição de limpeza das margens do rio da Lança, em Mafra.
O evento acontece no dia 7 de junho (sábado), das 8 às 12 horas, com ponto de encontro na praça Ferroviário Miguel Bielecki e é aberto para a participação de toda a população. Em caso de chuva, as atividades serão adiadas.
A orientação é que os participantes usem roupas compridas, calçados fechados e levem luvas. A Celesc contribuirá com a doação de sacos plásticos e luvas descartáveis para a coleta.
A expectativa, segundo o advogado e membro fundador do Projeto Ecobarreira Riomafra, Jefferson Luiz Grossl, é sensibilizar e mobilizar a população. “Queremos que todos possam ver de perto os problemas causados pelo descarte irregular de resíduos. Através dessas iniciativas, buscamos divulgar informações e práticas sustentáveis, promovendo a educação ambiental”, destaca.
A iniciativa conta com o apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Celesc, Casan, Grupo de Escoteiros Falcão Negro, OSC Voz do Rio, Seluma, Comsab, Escola Municipal Professor Mario Goeldner, Codeplan, Santuário Nossa Senhora Aparecida de Mafra e 5º RCC.

Projeto Ecobarreira Riomafra
O grupo Ecobarreira Riomafra nasceu em janeiro de 2019, a partir de uma resolução de ano novo de Jefferson. “Naquele ano, eu queria fazer algo concreto para auxiliar, de alguma forma, o meio-ambiente. A partir disso, lancei um convite nas redes sociais, reunindo diversas pessoas dispostas a agir”, relembra Jefferson.
Junto da bióloga e cofundadora do projeto, Ana Marta Schafaschek, o projeto idealizou a instalação de uma ecobarreira no rio da Lança, em Mafra, um afluente importante do rio Negro, historicamente impactado por enchentes e pela poluição causada pelo descarte inadequado de resíduos sólidos e líquidos.
A ecobarreira é um sistema simples, mas eficiente: são galões de 20 litros envoltos por uma rede de vôlei, fixados nas margens do rio por uma corda. Assim, todo o lixo flutuante que desce com a correnteza é capturado e retirado do rio pelos voluntários, que destinam os resíduos de forma adequada.
“A eficiência foi constatada logo nos primeiros meses, com uma grande quantidade de resíduos retirados do rio, principalmente plásticos, isopor, vidro e alumínio. Mas, infelizmente, também encontramos móveis, utensílios domésticos e até animais vítimas de crueldade”, relata Jefferson.
Após a pandemia em 2020, o número de voluntários diminuiu consideravelmente, o que fez com que o projeto focasse exclusivamente no trabalho da manutenção da ecobarreira. Em 2024 e início deste ano, o número de voluntários voltou a crescer, o que permitiu a realização de outras atividades, dentre elas, a segunda edição da limpeza nas margens do rio.
Além da manutenção constante da ecobarreira, realizada nos fins de semana, o projeto promove palestras em escolas, compartilhando dados sobre as coletas e incentivando a conscientização ambiental. A iniciativa é mantida exclusivamente por voluntários, sem qualquer financiamento público.
O trabalho chamou a atenção de outras comunidades e especialistas. Em 2024, o projeto recebeu a visita de um representante da ONG Fase, de Recife (PE), interessado em replicar o modelo. A atuação do grupo também foi apresentada no XV Encontro Nacional de Águas Urbanas, em Recife.
Além disso, os dados do projeto foram compartilhados com a empresa Trashin, de Porto Alegre (RS), que possui um programa de “ecobarreiras digitais” e que visa divulgar as iniciativas e o impacto positivo das ações.
“O nosso objetivo é reduzir a quantidade de resíduos que são lançados no rio da Lança e impedir que cheguem até o rio Negro, além de promover a educação ambiental através da divulgação dos resultados, ações de limpeza, campanhas de reciclagem e palestras em escolas”, reforça Jefferson.
Serviço
2ª limpeza das margens do rio da Lança
7 de junho (sábado), das 8 às 12 horas
Ponto de encontro: praça Ferroviário Miguel Bielecki
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