“Não Me Chame de Mãe”: desafios da maternidade solo ganham voz em novo livro
O romance, escrito por Adriana Moro, traz um relato impactante sobre maternidade, abandono e resistência.


No mês de conscientização do Transtorno do Espectro Autista, a escritora Adriana Moro apresenta seu nono livro, “Não Me Chame de Mãe”, uma obra que desconstrói a visão romantizada da maternidade e expõe as dificuldades enfrentadas por mães solo.
O lançamento acontece neste sábado (26), na Livraria Prefácio, em Rio Negro, das 15h30 às 17h30, com um debate sobre o diagnóstico do autismo e as maternidades diversas, mediado por Dircelene Dittrich Pinto.
O romance mergulha na realidade de uma jovem mãe que, durante a pandemia de Covid-19, enfrenta o abandono do companheiro, a falta de renda e a ausência de rede de apoio, enquanto cuida de uma filha recém-diagnosticada no espectro autista. Com uma narrativa sensível e impactante, Adriana Moro retrata o peso da solidão, os julgamentos sociais e os desafios de criar uma criança neurodivergente em meio ao isolamento.
“O título ‘Não Me Chame de Mãe’, que pode soar agressivo para algumas pessoas, não é direcionado da mãe para a filha, mas sim uma crítica social sobre como a sociedade enxerga a mulher, especialmente ao carregar o estereótipo de ser mãe de uma criança com necessidades especiais”, explica a autora.
Sobre a autora
Adriana Moro é enfermeira, escritora e pesquisadora, com uma trajetória de 23 anos na área da saúde, incluindo atuação em urgência e emergência, saúde pública, saúde mental e políticas públicas. Pós-doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz e doutora em Políticas Públicas pela UFPR, com estágio doutoral na Universidade de Coimbra, Portugal, ela também possui mestrado em Desenvolvimento Regional e especializações em cuidados intensivos neonatais, saúde mental e acupuntura.
Atualmente, coordena o CAPS I Casa Azul na Secretaria Municipal de Saúde de Mafra, é membro do Grupo de Pesquisa Política, Avaliação e Gestão em Saúde da UFPR, integra a Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) e atua como curadora do Projeto IdeiaSUS Fiocruz.
Na literatura, Adriana combina sua experiência profissional com um olhar atento às complexidades da vida cotidiana, criando narrativas que ressonam com questões sociais e humanas.