“Bruxo dos Potros” passa por Rio Negro, rumo à Aparecida do Norte
A cavalo, Ronival Ferreira saiu de casa no mês de dezembro do extremo sul do país para cumprir uma promessa

Ele partiu a cavalo de Santa Vitória do Palmar na fronteira do Rio Grande do Sul com destino à Aparecida do Norte no dia 26 de dezembro de 2019. Paranaense e radicado no estado gaúcho, Ronival Ferreira está percorrendo o trajeto de 2,6 mil quilômetros como uma profissão de fé e na última quarta-feira (03), passou por Riomafra.
Conhecido como “Bruxo dos Potros”, Ronival trabalha no Rio Grande do Sul como amanunciador de cavalos, que através da leitura corporal equina, doma e realiza apresentações artísticas com os animais. Há cerca de dois anos, ele fez um propósito pela saúde do filho de um casal de amigos.
Quando o menino se curou, ele partiu do extremo sul do país na companhia do seu cachorro “Urso Bandoleiro” e de dois cavalos, o “Índio Gaúcho” e “Rosildo Malévo”. A cavalo, ele percorreu até a última segunda-feira (1º) os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e no caminho, agregou à comitiva os cavalos “Malaburra” e “Gateado Brasino” e também o cachorro batizado de “GPS”, que vem seguindo Ronival desde que ele chegou à Santa Catarina.
“O propósito é doar o Índio e o Rosildo para que o Hospital do Câncer possa reverter em fundos para o tratamento de crianças”, explica o amanunciador. Ronival anda na velocidade imposta pelos cavalos e, durante as paradas em algumas cidades, vinha realizando apresentações artísticas e trabalhos com equoterapia, para arrecadar fundos para a viagem. “Agora com a pandemia, tenho que contar mais com a generosidade das pessoas que acompanham pelas redes sociais e nos dão hospedagem”, conta.
Em Rio Negro, ele encontrou a acolhida de uma família no bairro Volta Grande e nesta quarta-feira partiu acompanhado de mais dois cavaleiros até a cidade da Lapa. Se tudo der certo, pretende chegar à Aparecida do Norte até o mês de agosto, quando finalmente poderá cumprir a sua profissão de fé.
Ronival explica que durante a viagem tenta reproduzir os caminhos que os tropeiros percorriam pelo sul do país. Segundo ele, a travessia do Rio Pelotas foi o trecho mais difícil e que mais lembrou as vivências de antigamente. Ronival diz que outro “perrengue” vivido pela comitiva aconteceu na Serra do Espigão. “Um caminhão quase nos atropelou, se não fosse o GPS anunciar, tínhamos sofrido um acidente”, recorda.
A viagem de Ronival pode ser acompanhada pelas redes sociais, através de sua página no Instagram e no Facebook.