Diminuição da prática de atividade física e aumento do tempo em frente a telas, da ingestão de alimentos ultraprocessados, do número de cigarros fumados e do consumo de bebidas alcoólicas. Foi o que verificou um estudo realizado no Brasil e publicado recentemente.
A pesquisa apontou mudanças nos estilos de vida no período de restrição social consequente à pandemia de covid-19. Participaram 45.161 indivíduos com 18 ou mais anos de idade.
Resultados
Durante a pandemia, a prevalência de consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana aumentou: congelados, de 10,0% para 14,6%; salgadinhos, de 9,5% para 13,2%; e chocolates/biscoitos doces/pedaços de torta, de 41,3% para 47,1%.
A prática de atividade física também apresentou mudanças devido à pandemia, no Brasil. Antes da covid-19, 30,1% dos adultos faziam atividade física suficiente. Durante a pandemia, esse percentual passou a ser de apenas 12,0%.
Quanto aos fumantes, 34% relataram ter aumentado o consumo de cigarros durante a pandemia.
Em relação ao uso de computador ou tablet, o tempo médio de utilização dessas tecnologias foi de mais de 5 horas e o tempo médio de uso da TV foi de 3,31 horas durante a pandemia.
Perigo
O aumento na frequência dos comportamentos de risco, observados nesta pesquisa, é preocupante e pode resultar em danos à saúde, como alterações no peso corporal e aumento na ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis.