Robson Komochena

Cotidiano, política e a história de Rio Negro, Mafra, Itaiópolis e região sob o olhar polêmico e irreverente do jornalista.

O choro dos vice-prefeitos

Vices de Rio Negro, Mafra, Itaiópolis e Campo do Tenente protagonizam rupturas com os prefeitos.

Alessandro von Linsingen, Celina Dittrich, Julmar Zerger e João Negrelli romperam com os prefeitos. Fotos: Divulgação

 

 

Nunca, antes, na história de Rio Negro, Mafra e até Itaiópolis, se viu coisa parecida. Pelo menos, não no período do mesmo mandato.

 

Como uma infeliz coincidência, os vice-prefeitos das três cidades, protagonizam quase que o mesmo roteiro: o rompimento com o titular da “cobiçada” cadeira de prefeito, numa disputa por um protagonismo que não condiz com o cargo, verdade seja dita.

 

Junto com a ruptura, declarações, vídeos e certo ‘surf’ numa onda de críticas a gestão que fizeram parte por pelo menos três anos.

 

Começou em Rio Negro, em outubro de 2023, em plena crise da enchente, quando Alessandro von Linsingen (PSL) foi exonerado do cargo de secretário de Planejamento.

 

Apesar de ter ficado 11 anos no grupo do atual prefeito, como secretário de Educação, vereador e vice, von Linsingen foi para as redes sociais, gravar uma série de vídeos criticando a gestão de James Valério (PSD), mas nunca explicou, de fato, o motivo do afastamento.

 

Já do outro lado da ponte – onde, literalmente, muita água ainda vai passar – Celina Dittrich (Podemos) surpreendeu na tarde desta quarta-feira (8), quando também foi para as redes sociais anunciar seu rompimento com Emerson Maas, do mesmo partido.

 

Diferente de Rio Negro, a advogada foi corajosa. Colocou as cartas na mesa e com clareza, elencou os motivos que motivaram a ruptura, onde segundo ela, estava na ‘geladeira’ desde maio de 2023. “Decidi romper publicamente, prestando contas a população”, disparou.

 

E na capital polonesa do Brasil, também não foi diferente. O vice-prefeito de Itaiópolis, Julmar Zerger (PSDB), também anunciou afastamento da gestão de Mozart Myczkowski (sem partido).

 

Através de uma carta aberta, Zerger afirmou que a discordância com a condução da gestão motivou seu afastamento. “Durante esses três anos como vice-prefeito, eu e meu partido fomos acusados de traição. Isso não é verdade. Comuniquei ao prefeito que me afastaria da gestão, da Prefeitura, mas ficaria como vice-prefeito”, disparou.

 

Sem contar Campo do Tenente, que diferente das outras três cidades, não existem declarações oficias, mas nos bastidores a ruptura entre Weverton Vizentin e João Negrelli, ambos do PSL, é certa.

 

Tanto que Negrelli cogita disputar a Prefeitura neste ano.

 

E ainda faltam 8 meses para as eleições…

 

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