Robson Komochena

Cotidiano, política e a história de Rio Negro, Mafra, Itaiópolis e região sob o olhar polêmico e irreverente do jornalista.

O ‘sabor’ do sábado de Carnaval…

Com o passar dos anos, a tradição foi tomando outros rumos, e o sertanejo e o gauchesco, principalmente em nossa região, acabaram roubando a cena e predominando.

Em frente ao Café União – atual prédio onde funciona o Bar do Eraldo e Renê Presentes, na rua Comendador Franco – o grupo carnavalesco dos marinheiros, na década de 30, pousava para o único fotógrafo da época em Rio Negro, Henrique Witt, que morava do outro lado da rua. Tempos dos carnavais dos clubes Rionegrense, Vitória, Zeppelin e 14 de Julho… Foto/Acervo: Maria da Glória Foohs

 

 

A coluna do sábado de Carnaval, para este humilde colunista sempre foi “sagrada”. Talvez, pela data, pelo peso histórico, ou simplesmente por ser minha festa favorita, superando qualquer programa durante o restante do ano.

 

Escrever a coluna de Carnaval me remete as marchinhas (já não tão tocadas como antes), ao encontro com meu guru Cacau Menezes, em seu evento anual em Floripa nesta data, e a uma alegria que não encontro em outras épocas. Nem mesmo, no Réveillon.

 

Embora, com o passar dos anos, a tradição foi tomando outros rumos, e o sertanejo e o gauchesco, principalmente em nossa região, acabaram roubando a cena e predominando.

 

Até quem diz não gostar de Carnaval, indiretamente e, muitas vezes, de forma inconsciente, acaba gostando. Seja para viajar, para relaxar deitado no sofá tomando uma cerveja e assistindo as escolas de samba, ou simplesmente para criticar.

 

E se hoje fosse um sábado entre as décadas de 50 e 60, então… Estaríamos correndo para finalizar as fantasias, organizar os blocos e desfilar elegantemente pela rua XV de Novembro, em Rio Negro. Ou então, ir para a folia dos clubes Rionegrense, Vitoria ou Zeppelin. O Zepp, que por sua vez, lutou bravamente com as festas de Carnaval até os anos 2000.

 

Uma vez, em um bate papo informal entre amigos, onde na roda estava o então prefeito Carlinhos Scholze (em memória), chegamos a falar na possibilidade de ressuscitar os carnavais de rua… Quanta ilusão!

 

Foi-se um tempo onde o sábado de Carnaval era a data mais esperada do ano. Hoje, o Carnaval todo passa quase que imperceptível, até sem ser feriado.

 

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