Adair Tourinho

Com 36 anos de trajetória missionária, o pastor traz semanalmente uma mensagem de fé, amor e reflexão.

Tudo por amor

Jesus Cristo foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades.

Foto: Divulgação

 

 

Em Isaias 53.5, lemos esta tremenda e profética mensagem, referindo-se a entrega total de Jesus para demostrar o grande amor por toda a humanidade. Decorridos mais ou menos 700 anos desta profecia, Jesus de Nazaré morreu crucificado. No texto, duas palavras são mais fortes: “ferido e moído” que nos toca muito. No dicionário a palavra “ferido”, significa “que ou aquele que recebeu ferimento(s), que se feriu; golpeado” e “moído” significa: “que se moeu; triturado; esmagado e em extremo estado de fatiga; exausto”. Jesus viveu tudo isto por nos amar.

 

Após ser traído por Judas e preso pelos soldados romanos, tem início o espetáculo da tortura: iniciando pelo trauma físico por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás, com seus olhos tapados os soldados caçoaram d’Ele, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face. Já na manhã de sexta-feira, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado, despido de Suas roupas, a bíblia informa que as leis judaicas quanto as chibatadas, não poderia passar de 39, e assim que foi feito. Utilizando-se de um chicote fabricado com várias tiras de couro com (duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. As tiras de couro cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias, causando marcas de sangue, e hemorragia arterial de vasos da musculatura no condenado.

 

As pequenas bolas de chumbo produzem profundos cortes e que deixam o corpo tomado por hematomas e totalmente ensanguentado. Alguém, observando a pele dilacerada e o sangue escorrendo em grande quantidade, (em razão de Jesus ser chamado de Rei dos Judeus várias vezes durante sua existência), resolvera atiram-lhe um manto sobre os Seus ombros e colocam um cetro, em Suas mãos, uma coroa produzida com um pequeno galho flexível, recoberto de longos espinhos (alguém sugere que foram usados 72 espinhos), enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre cabeça de Jesus, o que provocou uma intensa hemorragia (o escalpo é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).

 

A diversão prossegue sem limites, caçoaram de Jesus, baterem em Sua face e tomando-lhe o cetro de Suas mãos e batem em Sua cabeça. Para completar o espetáculo ridículo e desumano, arrancaram o manto com violência de Suas costas, que já havia grudado, nas feridas em suas costas e demais partes do corpo, provocando-lhe uma dor cruciante – e as feridas, começam a sangrar outra vez. Utilizando a pesada cruz (alguém se arrisca a dizer que media mais ou menos 2,34 metros na vertical e 2 metros na horizonta e 55 quilos), jogaram-na sobre os seus ombros, tem início o caminho para ao gólgota. Jesus, já fraco, não consegue permanecer em pé, Ele tropeça e cai, e a madeira bruta ferem Seus ombros e a jornada aproximada entre 500 a 700 metros é então completada.

 

O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus. Prosseguindo o martírio lhe pregaram na cruz com pregos de 15 centímetros, fixando suas mãos e pés. À medida que o seu peso força para baixo o Seu corpo fixado pelos pregos, a cruciante e terrível dor passa pelos dedos e braços, explodindo no cérebro. Jesus suspira de sede e uma esponja embebida em vinagre, o qual era o resto da bebida dos soldados romanos, é levantada aos Seus lábios. Ele, aparentemente, não toma o líquido.

 

O corpo de Jesus chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre Seu corpo, e exclama: “Está consumado”. Sua missão de sacrifício está completa. Tomando fôlego solta o último grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço entre as costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: “E imediatamente verteu sangue e água.” Isto era escape de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Tudo isso, por amor a você!

 

Deus te abençoe!