Mafra e Rio Negro freiam avanço do COVID-19. “Mas ainda é cedo para comemorar”, diz secretária de Saúde

Segundo Simone Gondro, com o retorno das atividades e início do inverno as síndromes respiratórias têm maior intensidade

O último caso confirmado para COVID-19 em Mafra e Rio Negro passa de 10 dias. Desde então, e até a publicação desta reportagem, nenhum novo caso surgiu, mesmo assim, para a secretária municipal de Saúde de Rio Negro, Simone Angélica Vitorino Gondro, ainda é cedo para comemorar. “O momento pede cuidados maiores”, diz.

Segundo ela o número pequeno de confirmações é reflexo do isolamento. 

“Estamos caminhando para um novo momento. Com o retorno das atividades e com o início do inverno, onde as síndromes respiratórias têm maior intensidade. Podemos estar em um momento de calmaria, mas precisamos nos preparar para uma contaminação mais intensa nos próximos dias. Por outro lado, não vamos recuar. Nossa intenção freando o avanço do vírus no município. Não haverá nenhuma flexibilidade em relação ao trabalho que já vem sendo feito”, observa.

Medidas são recomendadas 
Segundo Simone, a o momento também pede medidas de higienização para comunidades mais vulneráveis e arrecadação de doações de máscaras e outros mantimentos para a população, principalmente às pessoas que pertencem aos grupos de risco. 

“Seguiremos investindo nas campanhas de conscientização e no monitoramento da população. Nossa intenção é criar barreiras, inclusive nesta época de feriados, como o Dia das Mães, para evitar aglomerações e a entrada de pessoas com o vírus no município. Estamos trabalhando ainda em conjunto com as demais secretarias, cada um dentro da sua esfera de trabalho, para a colheita de bons resultados.

Hospital de campanha
O Hospital Bom Jesus, segundo Gondro, tem estrutura para o atendimento de paciente com COVID-19. Mas, caso um grande número de pessoas seja contaminada e precise de internamento, será precisar montar um hospital de campanha. 

“Já estamos conversando com o Estado sobre essa possibilidade. Precisamos de logística e estrutura pré-definida pela Regional de Saúde e pelo Estado. Hoje nossas referências de UTI são da Região Metropolitana com um número de leitos bem considerável. O número de casos ainda é pequeno e não extrapola nem um terço dos leitos disponíveis. Mas vale destacar que trabalharmos a prevenção e a conscientização, evitando que idosos e pessoas com morbidades sejam expostas ao vírus, eu acredito que esse pico não acontecerá. Se nós recuarmos agora, nós temos essa possibilidade”, pontua. 

Respiradores 
Ainda segundo a secretária, a compra de respiradores vai muito além do que o município deseja, isso porque, compra está atrelada ao Ministério de Saúde e toda compra de respirador, é como se estivesse doando aos grandes centros, para UTI’s de alta complexidade. “O Hospital Bom Jesus tem dois respiradores e eles estão fazendo uma campanha para a compra de mais quatro”.