Farmacêutico fala sobre a rotina e os desafios da profissão

Para Cristian Ferreira, que atua na área há 25 anos, mercado farmacêutico exige constante atualização.

 

 

O farmacêutico Cristian Ferreira participou do quadro “Dois Dedos de Prosa” do Riomafra Mix, em parceria com a rede de postos M7. Cristian, que atua há 25 anos na área, falou sobre o papel do farmacêutico e sua importância para a sociedade no que diz respeito a ações de prevenção e enfrentamento de enfermidades.

 

Para Cristian, o farmacêutico trabalha em conjunto com o médico e está cada vez mais inserido no Conselho de Saúde. “Com a correria das consultas, muitos pacientes vão até a farmácia esclarecer dúvidas e buscar orientações. Cabe ao farmacêutico explicar ao paciente como o medicamento agirá em seu organismo e como tomá-lo de forma correta. Mas é importante deixar claro que o farmacêutico não substitui o médico. Quem faz o diagnóstico e receita o tratamento é o médico. O farmacêutico é um complemento”, pontua.

 

Ainda de acordo com Cristian, novos medicamentos surgem todos os dias e a evolução da ciência obriga o profissional a estudar e se atualizar constantemente. “Todos os dias, a Anvisa libera novas drogas no Brasil e você precisa se manter atualizado. Também acontece de descobrirem, por exemplo, que um medicamento que está há anos no mercado, pode ser prejudicial aos pacientes. Logo, cada vez mais, precisamos nos manter antenados nas notícias e buscar informações para orientar os clientes da melhor forma”, disse.

 

Mercado em expansão

Após dois anos de pandemia, o ramo farmacêutico segue em constante crescimento em todo o país. Segundo Cristian, o aumento no número destes estabelecimentos foi impulsionado principalmente pela preocupação das pessoas com a saúde.

 

O mercado farmacêutico é amplo e a concorrência é importante para os negócios. Vender medicamento é fácil, agora, estabelecer um vínculo com o cliente, onde ele se sinta seguro para procurar orientação, são poucos que conseguem. Não é todo farmacêutico que presta serviço personalizado e que conhece o histórico do cliente para auxiliá-lo da melhor maneira. Logo, a concorrência é responsável por fazer a gente melhorar e entregar serviços diferenciados à população”, disse.

 

Doutor Google

A preocupação das pessoas com a saúde também pode trazer impactos negativos como a automedicação e o autodiagnóstico. Segundo Cristian, é comum as pessoas chegarem desesperadas na farmácia, após presumirem algo com base em informações obtidas na internet.

 

“A informação está aí para usarmos da melhor forma possível, mas nem tudo o que você busca na internet deve ser levado em consideração. É importante que o paciente consulte um profissional antes de fazer um diagnóstico ou tomar um medicamento. O Google não é diagnóstico definitivo. Para isso existem exames, biópsias, consultas e toda a situação clínica do paciente”, alerta o profissional.