Alunos de Mafra relatam que foram impedidos de levar caderno de questões do Enem

Condução contraria regras do Enem, que permite que o caderno de questões seja levado a partir dos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova.

Foto: MEC/Divulgação

 

 

Ao menos 1.140 de estudantes de Mafra realizaram a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo (3), com questões de linguagens e ciências humanas.

 

Desse total, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 624 são alunos concluintes do Ensino Médio.

 

Entre os estudantes, uma tradição é levar o caderno de questões para casa, principalmente para rever as questões e buscar a correção. Para muitos, o caderno serve como referência para outros estudos, inclusive, o vestibular.

 

Segundo as regras do Enem, o caderno de questões só pode ser levado pelos candidatos a partir dos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova, que teve cinco horas e meia de duração.

 

Mas, não foi o que aconteceu em Mafra, segundo diversos alunos, que procuraram a reportagem do Riomafra Mix para relatar que foram impedidos de sair com o caderno de questões, mesmo dentro do período permitido pelas regras.

 

A estudante Ana Caroline, detalhou a situação. “Fiz o Enem neste domingo, na Escola Barão de Antonina. Lá, nenhum dos participantes pode levar o caderno de questões para casa, nem mesmo aqueles que ficaram até os últimos 30 minutos foram autorizados pelos fiscais a levar a prova embora”, relatou.

 

O aluno Estevão, que também realizou a prova na Escola Barão de Antonina, contou que a proibição estava escrita a giz, no quadro da sala em que fez o exame. “Realizei a prova na sala 17. Estava no quadro a informação da proibição de levar o caderno. Outros colegas relaram a mesma coisa, na sala 14 e 18, também”, detalhou.

 

“Eu entreguei a avaliação faltando 15 minutos pra acabar o horário e mesmo assim não pude sair com o caderno de questões”, afirmou Anna, que também fez a prova no mesmo local.

 

Pais de estudantes relataram situação semelhante na Escola Santo Antonio, onde também ocorreu a aplicação do exame.

 

Alunos sem respostas

O Riomafra Mix entrou em contato com Lisangela Lorena Pinto, supervisora da Coordenadoria Regional de Educação em Mafra, que afirmou que a responsabilidade da aplicação das provas é do Ministério da Educação (MEC).

 

Ela também sugeriu que a reportagem entrasse em contato com a professora Leonita Vieira Machado, que está à frente da aplicação das provas em Mafra, repassando seu contato.

 

Apesar de visualizar, a professora Leonita não respondeu nenhuma das mensagens enviadas através do WhatsApp durante dois dias.

 

A reportagem também entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC), que infirmou que a demanda foi repassada ao Inep.

 

Até a publicação desta matéria, o Inep também não se manifestou sobre a situação ocorrida em Mafra.