Caso Wellinton Trierweiler: seis pessoas são denunciadas por homicídio culposo

O jovem de 20 anos morreu durante a Festa da Etnias de 2019, após cair no rio da Lança.

Wellinton Carlos Trierweiler, com 20 anos, morreu afogado na madrugada de 7 setembro de 2019. Foto: Divulgação

 

 

Seis pessoas foram denunciadas por homicídio culposo pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em Mafra.

 

Elas são acusadas de contribuir para a morte de Wellinton Carlos Trierweiler, de 20 anos, durante a 2ª Festa das Etnias, em setembro de 2019.

 

A denúncia foi recebida pela justiça na quinta-feira (20) e os acusados agora são réus em uma ação penal pública.

 

Caso aconteceu durante a 2ª Festa das Etnias, realizada entre a praça Ferroviário Miguel Bielecki e a avenida Coronel José Severiano Maia. Fotos: Robson Komochena

 

Entenda o caso

O caso aconteceu na madrugada de 7 de setembro de 2019, durante o evento, realizado entre a praça Ferroviário Miguel Bielecki e a avenida Coronel José Severiano Maia, próximo ao rio da Lança.

 

De acordo com a denúncia, a vítima frequentava a festa e após ser retirada do evento pelos seguranças, foi até o leito do rio pela parte externa e, ao tentar dar a volta para retornar ao local, caiu na água e morreu afogado.

 

Local onde Wellinton sofreu a queda.

 

A denúncia também cita a falta de segurança adicional que afastasse o risco de queda dos frequentadores do evento no rio, que na época, foi atestada pela Polícia Militar através de um laudo.

 

Ainda, conforme cita o MPSC, um dos réus viu Wellinton se aproximando do leito do rio e não tomou providência. “Ciente do risco de queda, não tomou qualquer providência para verificar a possibilidade de acidente. Ela apenas avisou um outro réu para que fizessem buscas para se certificar de que a vítima não teria burlado a segurança e entrado novamente na festa” destacou o texto.

 

Águas do rio da Lança, onde o jovem morreu afogado.

 

Também foram denunciados o então secretário de administração de Mafra, dois engenheiros civis responsáveis pela segurança, montagem da estrutura do evento, fiscalização e prevenção de acidentes e o proprietário da empresa que organizou o evento.

 

De acordo com a promotora de Justiça, Nicole Lange de Almeida Pires, “os denunciados, mesmo sabendo da possibilidade de queda dos frequentadores, não tomaram providências para garantir a segurança do local, sendo que dois dos réus inclusive presenciaram Wellinton se aproximando do local de risco, mas não acionaram as autoridades e não agiram para auxiliá-lo e assim evitar sua morte”, pontuou.

 

 

Com informações do Ministério Público de Santa Catarina.