Bolsonaro quer Jorginho em 2022; Moisés pode voltar a pisar em ovos

O presidente ainda teria endossado ser cabo eleitoral do coronel Armando (PSL) na reeleição da Câmara.

Foto: Divulgação

 

Durante a folga que tirou em Santa Catarina, onde passou cinco dias longe das pautas palacianas, Bolsonaro costurou alianças locais para 2022. Apesar de estar de folga, o presidente se cercou de “conselheiros” para tratar da sucessão do governo catarinense, que foi eleito em 2018 com o 17 de Bolsonaro.

 

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A aposta, segundo interlocutores, seria viabilizar a candidatura do senador Jorginho Mello (PL) ao governo e apoiar o secretário da Pesca, Jorge Seif Junior, que foi o anfitrião da estadia em SC, para concorrer à vaga ao Senado. O presidente ainda teria endossado ser cabo eleitoral do coronel Armando (PSL) na reeleição da Câmara.

 

A decisão acertada em jantar no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul, só não contou com a presença do governador Moisés, que teria que viabilizar esse caminho, primeiro abrindo mão da reeleição e, segundo, abrindo espaço para Jorginho promover uma eleição de consenso.

 

Além disso, Moisés ainda está pendurado com a nova aliança firmada com o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), e que muito provavelmente não deve incluir o plano Jorginho Mello para 2022.

 

As pretensões dos Boslsonaristas podem fazer Moisés pisar em ovos novamente. Isso porque o atual acordo com Julio Garcia e demais bancadas, como PP e MDB, ainda em negociação, pode desagradar os planos de Jorginho e Seif. Desde que voltou do afastamento do primeiro processo de impeachment, Moisés tem sido mais cauteloso que antes nos posicionamentos. Por seguidas vezes diz estar alinhado ao presidente Bolsonaro, mas isso tem ficado só no discurso.

 

Na prática, Moisés está nitidamente preso a alguns desejos de grupos da Alesc, a exemplo da pauta fiscal e das medidas de combate à pandemia, e ainda aguarda uma decisão do Tribunal Especial sobre o segundo processo de impeachment no caso dos respiradores que se arrasta no parlamento.

 

Moisés já experimentou medir forças com o presidente, já ficou isolado do parlamento e viu sua popularidade sumir após a crise dos 200 respiradores da China que nunca chegaram. Agora, prestes a se livrar do impeachment após um acordão com os deputados, o governador volta a ser puxado para o xadrez político. O 2020 de Moisés parece não ter fim.

 

Mulheres

A deputada Paulinha manifestou em suas redes sociais indignação contra mais um crime cometido contra as mulheres catarinenses. A violência contra a mulher virou uma epidemia no Brasil e SC não é exceção. Ao contrário. Dados da Segurança do Estado informam que entre 2019 e 2020, 104 mulheres foram mortas em Santa Catarina – 58 em 2019 e 46 até o dia 23 de novembro de 2020. Ou seja, uma mulher foi assassinada no Estado por semana, vítima de feminicídio.

 

Ocupação dos hotéis

O presidente da Federação dos Hotéis, Estanislau Bresolin, disse que não sabe como o setor vai cumprir os 30% de ocupação máxima determinados pela Justiça. Segundo ele, a hospedagem muitas vezes é vendida em pacotes, ou via aplicativos, “As reservas não estão em poder dos hotéis”.

 

Bons ventos

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerra 2020 atingindo resultados históricos. Com um crescimento na ordem de 37% na comparação ao ano anterior, as operações de financiamento para apoiar diferentes setores da economia atingiram R$ 3,26 bilhões. Nesse período, foram firmados 4.678 contratos nos três estados do Sul onde o banco atua – Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

 

Gás

O setor de gás natural em SC chega ao final de dezembro contabilizando resultados positivos no balanço do ano. O primeiro dos cinco anos contemplados no maior pacote de obras da história da SCGÁS termina com investimentos superiores a R$ 45 milhões, segundo maior montante da última década.