Caso Riquielly: principal suspeito é condenado a 22 anos de prisão em primeira instância

Diante da possibilidade de recurso, a defesa do réu recorreu da decisão, que será julgada em instância superior.

O inquérito policial apontou William Lourenço como principal suspeito pelo crime que vitimou Riquielly Aparecida Claudino. Fotos: Redes sociais/Divulgação

 

 

William Lourenço, de 26 anos, foi condenado em primeira instância a 22 anos e 6 meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de estupro seguido de morte e ocultação de cadáver.

 

Ele foi sentenciado no último dia 21 de janeiro e diante da possibilidade de recurso, recorreu da decisão, que será julgada em segunda instância. A informação foi confirmada ao Riomafra Mix pela Vara Criminal de Rio Negro.

 

De acordo com o delegado Vinicius Fernandes Maciel, responsável pelas investigações, a ausência do corpo não significa ausência do crime. “A certeza da impunidade, sobretudo nos casos em que a Polícia não encontra os restos mortais das vítimas, é uma ideia que existe apenas no imaginário do povo e dos criminosos de plantão”, destacou.

 

Segundo a Polícia Civil, foram dois meses de intensa investigação, entre a data do crime e o relatório elaborado, encerrando o inquérito e apontando William como principal suspeito pelo crime que vitimou Riquielly Aparecida Claudino, de 22 anos. “Essa triste realidade, desconfortável para a família que não pode velar os restos mortais de seus entes queridos, não impede o trabalho silencioso e dedicado da Polícia Civil, cuja principal atribuição é investigativa”.

 

Os métodos de investigação utilizados não foram divulgados, mas segundo informações, foram empregadas técnicas avançadas de análise de dados telefônicos e extração de dados de aparelhos celulares, que auxiliaram na identificação do suspeito.

 

Uso de cães para localização de vestuário e restos mortais da vítima. Foto: Polícia Civil

 

Relembre o caso

Conforme fatos apurados no inquérito policial, a jovem estava em uma casa no bairro Volta Grande, onde passou a noite de sexta-feira, 30 de julho de 2021, com alguns amigos até o amanhecer do dia seguinte.

 

Na manhã de sábado (31), ela saiu na companhia do investigado em um veículo VW/Saveiro, da cor vermelha e não foi mais encontrada.

 

Registro de câmera de monitoramento no Tijuco Preto. Imagem: Divulgação

 

De acordo com a Polícia Civil, informações de testemunhas, imagens de sistemas de monitoramento e versões contraditórias do suspeito foram os primeiros passos na investigação, até o momento final, quando foram localizadas, na estrada rural da Rabeca, as roupas utilizadas pela vítima, todas no avesso.

 

“Infelizmente, para a família fica o vazio e a sensação de algo incompleto, mas a Polícia Civil de Rio Negro empregou todos os recursos disponíveis na investigação, algo que permitiu a reconstituição segura dos fatos, dentro de um sistema em que se deve respeitar os direitos e garantias do próprio investigado, presumidamente inocente até sentença penal condenatória com trânsito em julgado”, concluiu o delegado.

 

Outra condenação

Em setembro de 2021, o réu também foi condenado em primeira instância, pelo crime de estupro contra uma menor de 16 anos, onde recebeu sentença de 9 anos e 6 meses de reclusão, também podendo recorrer da sentença.