Compra de agasalhos para detentos vira alvo de operação policial; entenda

Batizada de “Post Factum”, operação da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Mafra.

Fotos e vídeo: Polícia Civil/Divulgação

 

 

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (1ª Decor) na manhã desta quarta-feira (24), em Mafra.

 

Batizada de “Post Factum”, a operação faz parte de uma investigação de uma dispensa de licitação na Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

 

Em vídeo, o delegado Gustavo Gigliotti Murijo detalha a operação, que tem, entre os investigados, um servidor público e um empresário.

 

 

Segundo a investigação, o processo ocorreu em meados de 2023 e consistiu na compra de agasalhos para os detentos do sistema prisional de Santa Catarina, com custo estimado de R$ 5 milhões.

 

A Polícia Civil também informou que a Controladoria-Geral do Estado (CGE) já havia identificado o tratamento privilegiado a uma empresa durante as cotações. “Fato que ensejou a rescisão unilateral do contrato, afastamento do servidor responsável pela contratação e comunicação a Polícia Civil”, destacou a investigação.

 

Após instauração do inquérito na 1ª Decor, a polícia também constatou que havia uma relação de amizade entre o então servidor e o empresário, ambos atualmente residentes em Mafra.

 

 

A investigação também constatou que a entrega dos agasalhos seria de forma fracionada e a totalidade seria entregue apenas no final do inverno, o que descaracterizou a urgência alegada no processo de dispensa, que também está sendo investigado pelo crime de contratação direta ilegal.

 

Além da equipe da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção de Florianópolis, a operação teve o apoio de policiais civis da Delegacia Regional de São Bento do Sul.

 

 

Com informações da Polícia Civil de SC.