Furtos de alumínio “tiram a paz” de cemitérios em Riomafra

Neste final de semana, um túmulo de mais de 30 anos teve a capelinha arrombada e partes de alumínio furtadas em Rio Negro.

Fotos: Divulgação

 

 

Um material bastante comum no dia a dia das pessoas está chamando cada vez mais a atenção dos criminosos: o alumínio. Em Riomafra, nem os cemitérios escapam.

 

Neste final de semana, em Rio Negro, mais um túmulo teve a capelinha arrombada e parte da estrutura furtada. A médica veterinária Alessandra Silva conta que, inicialmente, a família achou que se tratava de vandalismo.

 

“Conversando com pessoas que trabalham com mármore, descobrimos que os casos estão acontecendo com frequência, tanto em Rio Negro quanto em Mafra. Os criminosos só estão levando as partes de alumínio. Os vidros são deixados ao lado do túmulo e nada foi levado e do interior da capelinha”, contou.

 

Segundo a médica veterinária, a família registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro. “Se estão furtando, é porque certamente existe quem compre”, pontou.

 

Para Alessandra, o sentimento é de indignação. “Há mais de três décadas minha família preserva o local. Lá estão sepultados minha avó, há 31 anos, e meu irmão e cunhada há 12 anos. Estamos sempre cuidando e de repente nos deparamos com isso. É muito triste, uma falta de respeito”, finalizou.

 

 

Polícia Civil em diligências

A Polícia Civil de Rio Negro informou que estas situações estão sendo investigadas como furto.

 

Segundo o órgão, delegado e investigadores já estão realizando diligências para identificar os autores dos furtos e também os receptadores dos materiais.

 

Prisão de suspeito em Mafra

Em julho, um caso semelhante foi registrado no Cemitério de Mafra, onde um homem de 22 anos foi preso.

 

Ele foi detido após vizinhos ouvirem barulhos de algo quebrando no interior do cemitério e acionarem a PM, que flagrou o rapaz com peças de alumínios retiradas de túmulos.

 

Dinâmica do crime

O alumínio furtado sempre é vendido para algum lugar. Geralmente, comércios de sucata que pagam por quilo do metal.

 

Segundo a Polícia, o ciclo pode ser interrompido se o comprador exigir a comprovação da procedência do material.

 

Em dezembro do ano passado, uma operação da Polícia Civil apreendeu 514 quilos de fios de cobre em Mafra. Os materiais foram encontrados descascados em um ferro velho.