Operação Baptizare é realizada em Rio Negro, Mafra e Campo do Tenente

17 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em uma operação que envolveu 130 policiais.

 

 

Uma operação realizada na manhã desta sexta-feira (20), cumpriu 17 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão.

 

As investigações foram realizadas por meio de dois inquéritos: um da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Mafra e outro da Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro, reunindo 60 pessoas investigadas.

 

Na região, a ação aconteceu em Rio Negro, Campo do Tenente e Mafra, além de Jaraguá do Sul e Jaraguá do Sul e Itajaí. Essa é uma das maiores operações policiais de Riomafra, com maior mobilização de efetivo: 130 policiais.

 

 

As investigações foram realizadas de forma distinta, pelas delegacias de Mafra e Rio Negro, porém, a execução da operação ocorreu em conjunto. A operação teve o apoio da Polícia Militar do Paraná, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Científica de Santa Catarina.

 

Foram executadas 17 prisões temporárias e lavrados quatro autos de prisões em flagrante, além de tráfico de drogas, crimes de posse ilegal de munições e de posse de animais silvestres.

 

 

“É uma investigação que a gente vem trabalhando há algum tempo no Paraná e em Santa Catarina e o objetivo é uma repressão qualificada a uma organização criminosa que se instalou na região. Esta organização está relacionada com a venda de drogas, especialmente cocaína e crack”, explicou o delegado de Rio Negro, Vinicius Maciel.

 

Segundo o delgado, o nome da operação Baptizare foi baseado na forma que o grupo atuava. “Além de venderem as drogas, eles estavam batizando-as com outros insumos e ácidos para aumentar o volume das substâncias e ter mais lucro com as vendas. A organização funcionava como uma empresa”, detalhou.

 

 

O delgado Cassiano Tiburski, responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Mafra, explicou que as execuções no Paraná e em Santa Catarina foram realizadas no mesmo dia para que uma investigação não comprometesse a outra.

 

“Na maioria dos locais, foram encontradas provas que corroboram com a investigação. As drogas apreendidas ainda estão sendo contabilizados, assim como o dinheiro encontrado nestes locais. Há uma estimativa próxima de R$ 90 mil em dinheiro vivo apreendidos. Além disso, as contas bancárias da cúpula da organização foram bloqueadas”, detalhou o delegado.

 

 

Ainda, segundo Cassiano, foram detidas pelo menos sete pessoas de uma mesma família em Campo do Tenente, que pertencem ao grupo e que tinham diversas contas movimentadas. “Para se ter uma ideia, em 2022, foram movimentados aproximadamente R$ 2 milhões destas conta”, pontuou.

 

Durante as investigações, foi constatado que o grupo também comercializava armas de fogo. Durante a operação, foram encontradas munições nos locais investigados, além do material relacionado ao tráfico de drogas.

 

“Dentro desta organização, também há pessoas que respondem inquéritos por homicídio. Estas mortes são consequências do tráfico de drogas”, finalizou Cassiano.