Vereador “João Peludo” dá sua versão sobre abordagem policial em Rio Negro

O parlamentar negou ter dado “carteirada” e afirmou ter questionado com os policiais o procedimento da apreensão de uma motocicleta.

Foto: Douglas Dias

 

 

O vereador de Rio Negro, João Alves, o popular “João Peludo”, deu a sua versão sobre a operação da Polícia Militar que se envolveu na tarde de sábado (16).

 

Em visita a redação do Riomafra Mix, João Alves contestou as informações do Boletim de Ocorrência e afirmou não ter dado “carteirada”.

 

Segundo o vereador, ele estava fazendo uma mudança de uns conhecidos, que seguiam para o destino nos outros veículos envolvidos, quando se depararam com uma viatura da Polícia Militar na avenida Plínio Tourinho.

 

“Quando a viatura nos mandou encostar, eu comecei a gravar um vídeo. Um dos policiais ficou estressado de eu estar gravando. Eu apresentei documento, habilitação, estava tudo certo. Em seguida, ele voltou a abordar os outros condutores”, contou o vereador.

 

Durante a abordagem, foram apreendidos um Fiat/Siena, de Curitiba, que possuía pendências administrativas, e uma moto Yamaha/YBR, pois o motociclista não tinha habilitação e estava de chinelo.

 

“O policial queria que o condutor embarcasse na moto e a levasse até a Companhia da PM. Foi quando eu interferi e disse que não poderia ser desse jeito. Como ele apreende a moto e a libera para um condutor sem carteira e de chinelo? Deveriam, na verdade, chamar um guincho ou uma carreta apropriada. Nesse momento, a passageira da moto ficou estressada e começou a bater com o capacete contra os espelhos da própria moto. Os policiais pensaram em prendê-la, mas ela causou danos apenas para ela mesma”, contou.

 

João Alves também afirmou que, quando parou de gravar, o policial voltou a conversar. “Ele ficou estressado, disse que estava se formando em advocacia, que já tinha prendido vereador, que não tinha filho preso e também não era amigo de vagabundo. Para me defender, acabei revidando e o chamei de vagabundo. Chega uma hora que você perde a paciência. Não dá pra ver alguém cometendo abuso de autoridade e abaixar a cabeça. A real situação foi essa que aconteceu. Ele queria me algemar, e eu disse que me apresentasse um motivo para me prender”, destacou.

 

O vereador também negou ter usado de influência do seu cargo eletivo com a Polícia Militar. “Jamais usei meu cargo de vereador para pedir que liberassem os veículos. Jamais. Eu falei que se está errado tem mesmo que prender, não sou contra o trabalho da polícia, mas tudo deve funcionar dentro da lei”, concluiu o parlamentar.