Vigilância impede confecção de máscaras caseiras para pacientes em Itaiópolis

A pandemia do novo coronavírus ocasionou a falta de alguns materiais essenciais de proteção, como máscaras, álcool gel e luvas.

A pandemia do novo coronavírus ocasionou a falta de alguns materiais essenciais de proteção, como máscaras, álcool gel e luvas. Em Itaiópolis, grupos de voluntários se reuniram para montar uma linha de produção e confeccionar máscaras em tecido para doações ao Hospital Santo Antônio.

No entanto, a Diretoria da Vigilância Sanitária de Santa Catarina (DIVIS) emitiu nota técnica, impedindo a continuidade da produção das máscaras caseiras. Segundo a nota, apenas empresas autorizadas e com alvará sanitário vigente poderiam fabricar máscaras cirúrgicas.

De acordo com a professora Emiliana Andrzejewski, que encabeçou a linha de produção, mais de mil máscaras já haviam sido confeccionadas. “Tivemos muita higiene e cuidado na confecção do material, que depois de pronto, seria levado ao hospital para a devida esterilização”, conta.

O projeto “Máscaras Solidárias” era formado por 24 integrantes, que além da confecção, se mobilizaram para arrecadar tecidos e materiais com o comércio local e a população.

Apesar de não ter a mesma eficácia das máscaras que levam a sigla PFF (peça facial filtrante), as máscaras em tecido ajudam o paciente que apresenta quadro gripal a proteger outras pessoas de contaminação.

Segundo o prefeito de Itaiópolis, Reginaldo Fernandes, o trabalho feito pelos voluntários iria suprir a falta dos produtos nas unidades de saúde e hospitais do município. “Não temos mais máscaras e outros EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e uma atitude de impedimento por ordem superior, é lamentável. Além de impedir o trabalho magnífico dessas pessoas, não nos deram uma solução”, disse.

Com informações de Aline Cardoso.