BRDE lamenta morte do ex-diretor Ary Canguçu de Mesquita

Ary faleceu na sexta-feira (10) aos 94 anos em Florianópolis.

A diretoria e o corpo técnico do Banco de Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) lamentaram o falecimento do ex-diretor, Ary Canguçú de Mesquita na sexta-feira (10). Ele tinha 94 anos e foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis.

 

Economista por formação, Mesquita foi professor e diretor da Esag/Udesc, e um dos idealizadores do Instituto Brasileiro de Assistência Gerencial de Santa Catarina (IBAGESC), uma estrutura de pesquisa e suporte a empreendedores que, na década de 1970, acessavam recursos de instituições como BRDE.

 

“Como um homem muito à frente do seu tempo, Mesquita criou um conceito de orientação e suporte técnico que acabou replicado pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. E que, mais tarde, se tornou o embrião do que conhecemos hoje como Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae)”, destacou o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Vladimir Arthur Fey.

 

Mesquita ocupou a cadeira de superintendente, diretor e presidente no BRDE, entre agosto de 1970 e março de 1979 na gestão dos Governadores Ivo Silveira, Colombo Salles, Antonio Carlos Konder Reis e Jorge Konder Bornhausen. Neste período liderou projetos como o Programa de Desenvolvimento da Suinocultura Catarinense (Prosui), que captou e aplicou recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para estruturação de toda cadeia produtiva. O programa tornou Santa Catarina um dos maiores produtores mundiais de proteína animal.

 

“Ele atuou de maneira técnica, exemplar, justamente em um período de estruturação e crescimento da economia catarinense. Um período em que o BRDE foi instrumento fundamental para a consolidação de grandes conglomerados como WEG, Sadia e Perdigão”, comentou o Diretor Financeiro, Marcelo Haendchen Dutra.

 

Além da atuação destacada à frente do BRDE, Mesquita também presidiu a Casan e ocupou outras funções públicas de destaque, como a presidência da CIASC/SC e a de Secretário Nacional de Informática do Ministério da Educação. Sempre com elevada – e elogiada – capacidade técnica. Junto com outros catarinenses, foi um dos idealizadores/fundadores do Badesc.