Empresários pedem apoio para retorno do setor de eventos

Representantes do setor apresentaram preocupação com o aumento do desemprego e a possibilidade de retorno efetivo somente a partir de maio de 2021.

 

O retorno imediato das atividades do setor de eventos e feiras públicas foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesta terça-feira (27).

 

O evento virtual apresentou a preocupação de representantes do setor com o aumento de desemprego e a possibilidade de retorno efetivo somente a partir de maio de 2021.

 

A diretora da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, e o assessor jurídico da pasta, Gustavo Campo, participaram do evento, defendendo as decisões do governo estadual. Os profissionais lembraram que o critério de adoção de bandeiras para flexibilização de eventos segue o padrão da saúde de outros estados e até de países europeus.

 

Eles também defenderam as restrições de eventos e manifestaram a preocupação com a aproximação de pessoas nestes locais. “Estamos entrando numa segunda onda do covid-19, sem mesmo ter encerrado a primeira onda. Por isso, cobramos a conscientização das pessoas”, alertou Raquel Bittencourt.

 

O presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior, destacou que o setor de cultura e entretenimento está ciente de que liberar todas as atividades sem um respaldo científico é inviável.

 

“No entanto, a disparidade no tratamento dispensado pelos governos vem provocando revolta nos profissionais da área. Por que os eventos culturais e de entretenimento não recebem o mesmo tratamento que outros segmentos, como shoppings, igrejas e partidos políticos que já estão retomando as atividades?”

 

Para Doreni, o governo e os municípios não conseguem fiscalizar de forma abrangente, o que pôde ser visto com os inúmeros eventos clandestinos que acontecem em todo o estado. “Não iremos pagar a conta sozinhos, enquanto as aglomerações clandestinas, bem como o descontrole do Estado das atividades autorizadas, mediante protocolo, continuam ocorrendo. Queremos transparência”, reforça.

 

Ele questionou também os motivos das diferenças para eventos sociais e os pagos, sendo que os primeiros são liberados e os outros não podem ser realizados.