Fiesc pede ao governo federal liberação de R$ 100 milhões para BRs 280 e 282

Ofício enviado ao Ministério da Infraestrutura reforça importância econômica das rodovias.

 

 

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) encaminhou, nesta quarta-feira (7), ofício ao Ministro de Infraestrutura, Marcelo Sampaio Cunha Filho, solicitando liberação emergencial de R$ 100 milhões para a desobstrução de rodovias federais catarinenses interditadas em função das chuvas ocorridas na semana passada.

 

Segundo a entidade, o valor foi estimado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) em Santa Catarina para a desobstrução das BRs 280 e 282.

 

“Entendemos que este montante necessário pode ser maior ainda, pois vários outros segmentos rodoviários apresentam possibilidades de sofrer as consequências destes eventos climáticos extremos”, ressalta o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar no documento.

 

A correspondência também foi encaminhada ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Darci de Matos, e ao diretor-geral do DNIT, Antônio Leite dos Santos Filho.

 

A entidade empresarial lembra que as rodovias interditadas são corredores logísticos estratégicos para Santa Catarina e para o Brasil, com pujante atividade econômica e destaque para a indústria, comércio, serviços, agropecuária e o turismo – como também corredores de acesso à infraestrutura portuária catarinense, uma das mais importantes da América do Sul, em função da grande movimentação de contêineres.

 

Conforme a Fiesc, o entorno dessas rodovias apresenta expressiva atividade econômica, com 107,6 mil estabelecimentos (setores industrial, comercial, serviços e agropecuário) que empregam juntos aproximadamente 1,3 milhão de trabalhadores, com PIB de R$ 156,9 bilhões (2019).

 

As regiões, que congregam aproximadamente 3,4 milhões de habitantes, contribuíram, em 2021, para uma corrente de comércio de US$ 15,2 bilhões e arrecadaram R$ 34,5 bilhões em tributos federais (2020) e R$ 14,3 bilhões em ICMS (2021).

 

No documento, Aguiar observa ainda que Santa Catarina já enfrenta cotidianamente a precariedade da malha rodoviária e cita pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que traduz as análises expeditas realizadas pela Fiesc e que indica que cerca de 70% da malha catarinense foi classificada como péssima, ruim ou regular.