Animais contribuem para saúde de idosos em isolamento

A Terapia Assistida por Animais (TAA), também conhecida como Pet Terapia, está sendo utilizada para amenizar o sentimento de solidão dos idosos isolados.

 

É comprovado que os animais contribuem para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Pesquisas brasileiras e de outros países indicam que animais como cães, gatos, cavalos e aves podem ser utilizados para fins terapêuticos, oferecendo diferentes estímulos a níveis físico e psíquicos nos seres humanos.

 

Com objetivo de promover estes benefícios na vida de idosos, especialmente em períodos de isolamento social e distanciamento do convívio com familiares, casas de repouso apostam em terapias que sejam capazes de oferecer bem-estar. Uma pesquisa publicada pela American Association of Geriatric Psychiatry indica que 20% da população acima de 55 anos tem algum tipo de problema de saúde mental. Transtornos de humor, ansiedade, bipolaridade e depressão representam casos mais frequentes entre a faixa etária.

 

Estes transtornos são percebidos com mais frequência durante o distanciamento de idosos na pandemia de covid-19. Na contramão, a Terapia Assistida por Animais (TAA), também conhecida como Pet Terapia, está sendo utilizada para amenizar o sentimento de solidão dos idosos isolados.

 

A psicóloga Regina Celebrone, doutora em Distúrbios da Comunicação que atende idosos há quase duas décadas, explica que os animais são portadores de afetos que os humanos transferem, projetando sentimentos e humanizando o animal. “Na solidão do idoso, é um companheiro. É uma ótima alternativa, já que o idoso está privado dos relacionamentos sociais de grupo, como grupos de ginástica e clubes, por exemplo. O pet tem essa função de substituir os relacionamentos humanos”, destaca.

 

Para que seja um momento benéfico para os humanos e animais, é preciso levar em consideração algumas questões nesta relação. Existem contraindicações que podem gerar mais estresse nos idosos. Antes de dar continuidade à pet terapia, é preciso observar quadros alérgicos e respeitar aqueles que não gostam ou têm medo dos animais.

 

É importante observar idosos que não se sentem bem com pelos e também avaliar aqueles que não possuem muita autonomia para lidar com os bichos. “É preciso fazer uma análise individual com os idosos, pois existem casos que o benefício terapêutico não supera o desconforto. O pet pode estimular ou piorar o sentimento de impotência do idoso”, explica a psicóloga.