Lucimara Kauva

A enfermeira traz dicas e informações sobre saúde com temas cotidianos.

Como funciona uma unidade de terapia intensiva?

Médico intensivista explica a rotina e o funcionamento de uma UTI.

 

 

No programa “Dicas de Saúde” desta semana, a enfermeira Lucimara Kauva recebe o médico intensivista Guilherme Pizolotto para explicar como funciona uma unidade de terapia intensiva.

 

Segundo Guilherme, a UTI é o setor do hospital que concentra o maior número de recursos e profissionais para lidar com doenças de maior gravidade e que necessitam de cuidados contínuos.

 

Toda UTI precisa ter um médico e um enfermeiro 24 horas; e para cada dois pacientes internados, são necessários pelo menos um técnico de enfermagem. Além disso, os pacientes também são acompanhados por fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos e outras especialidades.

 

“Antigamente, as UTIs tinham poucos recursos e ficou um estigma de que os pacientes internados não têm chances de melhora. No entanto, com o avanço tecnológico e os cuidados de saúde disponíveis hoje em dia, este perfil vem mudando. Além de tudo isso, nós temos muito mais leitos de UTI do que antes. Ou seja, temos mais capacidade para atender os pacientes antes mesmo que eles cheguem a um quadro de maior gravidade”, disse o especialista.

 

A maioria das UTI atende todos os tipos de pacientes, mas existem alguns que necessitam de isolamento específico, principalmente se tratando de doenças infectocontagiosas. Um dos maiores exemplos foi a pandemia de covid-19. A pandemia de covid-19, por exemplo, exigiu a criação de UTIs respiratórias especializadas em pacientes com a doença.

 

Existem também as UTIs cardiológicas, que geralmente focam no pós-operatório de cirurgias cardíacas, transplantes cardíacos e infartos, além das UTIs cirúrgicas, neurológicas, pediátricas e neonatais.

 

Segundo Guilherme, na UTI, os pacientes podem receber visitas em horários específicos. “Os pacientes que estão conscientes têm acesso a visitas estendidas, ou seja, um horário maior com os familiares. A gente entende que o apoio familiar e a interação são importantes para a recuperação do paciente. Quanto mais a gente humanizar as UTIs, mais benefícios teremos e mais vidas serão salvas”, pontuou.