Lucimara Kauva

A enfermeira traz dicas e informações sobre saúde com temas cotidianos.

Dia Mundial do Rim alerta para cuidados com o órgão

Segundo a médica Bárbara Ferrari, os rins são responsáveis por filtrar o sangue e eliminar o excesso de líquidos e toxinas do organismo.

 

 

O Dia Mundial do Rim, celebrado em 9 de março, foi criado para conscientizar a população sobre a importância da saúde renal e alertar sobre as doenças que podem afetar esse órgão tão vital para o corpo humano. Nesta semana, o programa “Dicas de Saúde” recebeu a médica nefrologista Bárbara Ferrari para falar sobre o tema.

 

Segundo a médica, os rins são órgãos responsáveis por filtrar o sangue e eliminar o excesso de líquidos e toxinas do organismo, além de controlar o cálcio, o fósforo e a pressão arterial.

 

Atualmente, uma das principais causas de doenças renais é o diabetes. De acordo com Bárbara, cerca de 20 a 30% dos pacientes com a doença tendem a ter problemas renais. Logo, é fundamental controlar a glicemia e fazer exames periódicos para verificar a função do órgão.

 

Outro cuidado essencial para manter os rins saudáveis é a ingestão adequada de água. O recomendado é beber pelo menos dois litros de água por dia para prevenir principalmente a nefrolitíase, popularmente conhecida como “pedra no rim”. A formação destes cálculos renais também pode estar associada a fatores como genética, alimentação, obesidade e tabagismo.

 

Segundo Bárbara, existem duas modalidades de tratamento utilizadas em casos de insuficiência renal crônica: a hemodiálise e a diálise peritoneal. A hemodiálise é um procedimento que utiliza uma máquina para filtrar o sangue fora do corpo, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de líquidos. Já a diálise peritoneal é um tratamento que pode ser realizado em casa, e utiliza o peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal) como filtro natural. Durante o processo, um líquido especial é inserido na cavidade abdominal do paciente através de um cateter. Esta solução fica dentro da cavidade abdominal por algumas horas, durante as quais as toxinas e o excesso de líquidos são removidos pelo peritônio.

 

O transplante renal, por sua vez, é indicado quando estes tratamentos já são considerados insuficientes. Antes do transplante renal, o paciente passa por uma série de exames médicos e testes para garantir que ele esteja saudável o suficiente para a cirurgia e para minimizar os riscos de complicações após o transplante. Também é necessário encontrar um doador adequado, que pode ser um doador vivo (parente ou não-parente) ou um doador falecido (que tenha consentido em doar seus órgãos).

 

A médica também ressalta a importância de cuidar dos rins e ter hábitos saudáveis para evitar problemas renais. “Além da ingestão adequada de água, é importante ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros também contribui para a saúde renal”, pontua.