Cidasc confirma caso de raiva em bovino em Mafra

Doença pode atingir animais e também humanos.

Morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) podem ser vetores da raiva. Foto: Cidasc/Divulgação

 

 

Um novo caso de raiva, zoonose fatal e sem tratamento foi confirmado nesta quarta-feira (6), em Mafra.

 

A informação foi divulgada pelo Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), após a notificação da morte de um bovino.

 

O caso foi registrado na localidade da Pedra Fina, próximo à divisa com Itaiópolis.

 

Entenda o caso

O produtor, após orientação de um médico veterinário, que atendeu a propriedade, notificou a Cidasc. Com a morte do bovino, os profissionais da companhia fizeram com a coleta do material e enviaram para análise.

 

Os trabalhos estão sendo realizados com o apoio da Vigilância Epidemiológica Municipal e das secretarias estadual e municipal de Saúde.

 

O produtor foi orientado realizar a imediata vacinação de todos os bovinos. A mesma orientação será feita em toda a vizinhança e propriedades mapeadas, num raio de 2 quilômetros. Paralelamente, a equipe da Vigilância Epidemiológica fez levantamento da população de cães e gatos num raio de 300 metros do foco, para também realizar a vacinação dos mesmos.

 

Orientações

A Cidasc reforça a orientação para que os produtores vacinem seus animais: bovinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos. Também é preciso estar atento para as alterações na capacidade motora dos animais, como andar cambaleante e dificuldade respiratória, que podem ser sintomas da raiva.

 

O produtor também deve observar se há marcas nos animais, que podem indicar que foram mordidos por morcegos. Os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) podem ser vetores da raiva.

 

A Cidasc deve ser notificada quanto à existência de animais com possíveis sintomas da doença ou do ataque de morcegos, para tomarem as medidas necessárias para evitar novos casos.

 

Raiva

A doença é transmissível e atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem. É causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução.

 

A transmissão da raiva ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal.

 

Os sintomas da raiva variam conforme a espécie. Em carnívoros, eles se tornam agressivos e, quando ocorre em animais herbívoros, as manifestações são de paralisia. Em caso de agressão por animal, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo.

 

A Cidasc reforça a orientação aos produtores para manterem em dia a vacinação de seus animais, uma medida que não apenas protege o rebanho, mas também resguarda a saúde humana. Abaixo, apresentamos algumas orientações sobre a aplicação da vacina.

 

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida devem ser vacinados. Para vacinação de cães e gatos, o médico veterinário deve ser consultado.

 

Confira o guia de orientações da Cidasc

 

Com informações da Cidasc.