Declaração de amor e cobrança por sede própria; veja os destaques da primeira sessão de 2023

Sessão solene contou com a presença de lideranças políticas e promessas de muito trabalho.

Fotos: Miguel Luiz

 

 

Na noite desta quinta-feira (2), uma sessão solene marcou o retorno das atividades legislativas da Câmara de Vereadores de Mafra. O evento contou com a presença de autoridades, empresários, lideranças políticas e imprensa. A sessão ocorreu na nova sede alugada da Câmara e foi marcada por agradecimentos, cobranças e promessas de trabalho.

 

Eleita em 2022, tomou posse a nova mesa diretora da Casa, composta por Sérgio Severino (Patriota) na presidência, João Maria Ferreira (PP) como vice-presidente, Dircelene Dittrich Pinto (Podemos) como 1ª secretária e Rafael Augusto Cavalheiro (DEM) como 2° secretário.

 

Em seu discurso, o novo presidente da Câmara, Sérgio Severino, pontuou que os trabalhos seguirão pautados na transparência e na busca por ações que impactem positivamente a vida dos cidadãos mafrenses. Ele também aproveitou o momento e fez uma declaração de amor à esposa por sua compreensão e companheirismo ao longo de seus dois anos de vida pública. A homenagem foi selada com um “eu te amo” que arrancou aplausos dos presentes.

 

Serginho também afirmou estar honrado de ser presidente da casa e elogiou seus companheiros de Legislativo. “Nestes dois anos observei os demais vereadores trabalhando incansavelmente pelo município. Temos nossas divergências, mas isso é normal no meio político. Tenho para mim o seguinte ditado: posso não concordar com nenhuma palavra que disseres, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”, pontuou.

 

Ele também elogiou o Executivo e o comprometimento dos secretários e servidores da prefeitura; e destacou que nos dois últimos anos, nenhum caso de corrupção ou desvio de verbas veio à tona no município. “Não que isso seja uma virtude, é um dever. Mas no meio político, dois anos sem qualquer caso de corrupção a de ser levado em consideração. Sabemos que como políticos, somos invariavelmente desqualificados, mas vejo que o Executivo e o Legislativo estão vivendo um bom momento e fico feliz de fazer parte disso”, afirmou.

 

Em seu discurso, o vice-presidente, João Maria Ferreira, destacou a união entre os parlamentares e os resultados alcançados nos dois últimos anos. “Em outras gestões era praticamente impossível abrir uma CPI e esta legislatura conseguiu abrir seis. Temos divergências, mas conseguimos chegar em um denominador comum. Para este ano, continuaremos trabalhando unidos e em harmonia com o Executivo, analisando e aprovando projetos, sempre em busca de melhorias. Eu arrisco dizer que esta legislatura, se não for a melhor, é uma das melhores que Mafra já teve até o momento”, disse.

 

O vereador Abel Bicheski (Solidariedade) agradeceu os colegas por seu 13° ano no legislativo e aproveitou o discurso para cobrar do Executivo um projeto de revisão da planta genérica de valores do IPTU, levando em conta o tipo e a localização de cada imóvel. Ele também criticou os gastos com o aluguel da nova sede e cobrou a construção de um local próprio para a Câmara.

 

Já o vereador Jonas Schultz (PSDB) utilizou a tribuna para alfinetar a nova mesa diretora. “Imagino que o sucesso da nova diretoria será iminente, visto que conseguiram um enorme apoio político para montar a chapa. Chapa que está fortemente ligada ao Executivo, o que no meu ponto de vista, fere um pouco os princípios da independência. Como sobraram somente quatro opositores, dos quais dois eram do mesmo partido, não conseguimos montar outra chapa para concorrer e mesmo que conseguíssemos, seríamos facilmente vencidos”, disse.

 

Ele finalizou o discurso solicitando três pedidos ao novo presidente: atenção às emendas impositivas, a abertura de uma caixa de comentários no site da Câmara e o uso correto do erário municipal. “Colocamos pedras fundamentais em obras que nem sequer saíram do papel e temos uma prefeitura abandonada que poderia ser a nossa sede. O valor gasto em aluguel aqui nesta casa poderia ser melhor digerido se fosse provisório, se já tivéssemos concomitantemente um terreno doado pelo Executivo e um projeto de sede própria em evolução”, disse.

 

 

Jonas Heide (PL), por sua vez, aproveitou a sessão para traçar um paralelo entre o cenário político federal e o municipal. “Vão perseguir, vão usar a máquina pública para negar direitos, vão criar uma milícia digital, vão atacar a vida pessoal de seus opositores, vão interpretar a lei como querem, vão fazer campanha com o dinheiro da saúde e da educação, vão usar o dinheiro público para satisfazer a lascívia pessoal, vão usar de bens públicos como se fossem particulares, vão controlar a mídia e tentar impor a mentira. O discurso é longo, mas as verdades são nuas e cruas e precisam prevalecer”, disse. Ele finalizou dizendo que ao contrário de muitos, ninguém duvida de suas posições e que seguirá sendo um vereador pró-município e não pró-mentiras.

 

A vereadora Dircelene Dittrich Pinto, deixou claro em seu discurso, que apesar das sessões retornarem somente agora, o trabalho dos vereadores nunca parou. “O recesso foi apenas nas sessões. Todos os vereadores continuaram trabalhando diariamente e recebendo as demandas da população”, disse a parlamentar.

 

Já o vereador Mario Skonieski (PDT) elogiou o Executivo em seu discurso e disse que Mafra se tornou um enorme canteiro de obras. “Em 30 anos vivendo aqui, nunca vi Mafra crescer tanto como nestes últimos dois anos”, disse. Ele também aproveitou a tribuna para deixar um apelo, cobrando a instalação de uma universidade federal em Mafra.

 

Em seguida, o vereador Rafael Cavalheiro (União Brasil) parabenizou os demais colegas e estendeu seus votos de sucesso ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e aos deputados estaduais de seu partido. “Espero que as portas da Alesc estejam abertas para este vereador e que consigamos trazer ainda mais emendas para nosso município”, pontuou.

 

Vanderlei Peters (PSL), parabenizou a nova mesa diretora e destacou alguns feitos de sua gestão. “Tivemos seis CPIs na mão do Ministério Público e garantimos que a lei fosse exercida em nosso município. Mafra está mesmo no caminho certo e isso nos enche de orgulho. Sabemos que a cidade só cresce se houver harmonia entre Legislativo e Executivo”, disse. Ele também lamentou a falta de uma sede própria para a Câmara.

 

Em seu discurso, o vereador Wagner Grossl (PL) afirmou que espera mais sintonia entre Legislativo e Executivo e que os requerimentos sejam avaliados e solucionados, independentemente de partido político.

 

Já os vereadores Everton Stach (Podemos), Valdecir Munhoz (MDB) e David Roeder (Podemos), reafirmaram seus compromissos com a população e destacaram que continuarão trabalhando em prol de melhorias e recursos para Mafra. “É hora de olhar para frente para que tenhamos uma legislatura produtiva e participativa. Somos 13 cabeças com maturidade suficiente e diferentes ângulos de visão e trajetórias de vida. Vamos buscar em conjunto soluções que atendam os interesses da maioria, construindo uma relação saudável mesmo com a divergência de opiniões”, pontuou Stach.

 

Assista a sessão na íntegra