Ecobarreira Riomafra: projeto retira 161 quilos de lixo do rio da Lança em 2022

Cerca de 95% do lixo retirado é plástico. Grupo também já recolheu porta de guarda-roupa, televisão e até animais mortos dentro de sacolas.

Foto: Divulgação

 

 

O projeto “Ecobarreira Riomafra” retirou cerca de 161 quilos de lixo das margens do rio da Lança em 2022.

 

A iniciativa existe desde 2019 e é formada atualmente por 6 voluntários ativos que se reúnem durante os finais de semana para recolher o lixo preso na barreira ecológica instalada no rio, próximo à ponte da Igreja Ucraniana, em Mafra.

 

O grupo utiliza uma rede e galões descartáveis que impedem a passagem dos resíduos.

 

 

Segundo o voluntário, Jefferson Luiz Grossl, a meta para o futuro é instalar novas barreiras em outros pontos do rio da Lança e também no rio Passa Três e no rio Bandeira.

 

Cerca de 95% do que retiramos é plástico, que vão desde embalagens de refrigerante a galões de água, recipientes de óleo para carro e sacolas. Também é comum retirarmos placas e recipientes de isopor, assim como garrafas de vidro e lâmpadas. De inusitado, já encontramos porta de guarda-roupa, televisão, tábua de carne e infelizmente, muitos animais mortos dentro de sacolas plásticas”, conta o voluntário.

 

Ainda de acordo com Jefferson, o grupo carece do apoio de voluntários e da doação de materiais para a construção de novas barreiras ecológicas. “Em razão da falta de recursos, estamos no momento apenas com uma ecobarreira e não conseguimos retirar todo o lixo que vai parar no rio. Sabemos que dificilmente acabaremos com o problema, mas o pouco que fazemos, sem dúvida traz um impacto positivo para o meio ambiente. Ainda este ano, queremos criar ações junto às escolas a fim de conscientizar nossas crianças, pois muitas não sabem que o lixo que jogam na rua acaba indo parar no rio”, disse.

 

 

Recentemente, o grupo se reuniu com o prefeito de Mafra, Emerson Maas, para apresentar um documento chamado “Pacto pelo Rio da Lança” elaborado pelos integrantes do projeto e pela ONG Voz do Rio. “Neste documento elencamos ações necessárias para a restauração e preservação do rio e sua biodiversidade. Pretendemos fortalecer a parceria com a prefeitura e colocar estas metas em prática até 2030”, pontuou.

 

O documento solicita a reativação do Conselho Municipal do Meio Ambiente, a instalação de bueiros inteligentes, ações de educação ambiental, desassoreamento da parte urbana do Rio da Lança, implementação de projetos ambientais com foco nos rios urbanos, entre outras ações.

 

Para se tornar um voluntário, entre em contato com os voluntários do projeto, pelo Instagram ou pelo Facebook.