Mafrense sobrevive a deslizamento na BR-376, em Guaratuba

O técnico de panificação estava sozinho no carro, e viajava de Curitiba para Joinville.

Oswaldo Pagliaci sobreviveu ao acidente sem nenhum ferimento. Fotos: Divulgação

 

 

Um deslizamento de terra na BR-376 deixou, até agora, duas pessoas mortas. O acidente ocorreu na noite desta segunda-feira (28), no quilômetro 669 da rodovia, no trecho de serra conhecido como ‘Curva da Santa’.

 

O deslizamento arrastou pelo menos seis caminhões e 10 carros, entre eles, uma VW/Saveiro de Mafra. O carro, pertencente ao Werner Alimentos (Moinho Catarinense), era conduzido pelo mafrense Oswaldo Pagliaci, de 49 anos, que sobreviveu ao acidente sem nenhum ferimento.

 

 

Há mais de 13 anos na empresa, o técnico de panificação viajava de Curitiba para Joinville, onde visitaria clientes.

 

“Na descida da serra a fila se afunilou. De três pistas virou duas, de duas virou uma e quando virou uma, o carro andou um pouquinho e veio morro a baixo. A terra jogou o carro contra guard rail”, lembrou.

 

 

Oswaldo contou que, para se salvar, teve que pular do carro durante o deslizamento. “Durante o desmoronamento, veio aquela coisa de sobrevivência. A porta abriu, e eu consegui pular. É uma coisa de segundos”, disse.

 

O técnico de panificação caminhou na chuva e no escuro até ser resgatado pela Arteris Litoral Sul. “Quando eu saí do carro, eu busquei achar um local seguro. Ainda, no caminho, procurei ajudar uma criança de uma família, que tentava retirar outra vítima de um carro”.

 

 

Apesar do susto, Oswaldo conta que não sofreu nenhum ferimento. “O susto é claro que é grande. Eu falo que ganhei uma nova vida”, disse emocionado.

 

“O moinho me deu todo o suporte e todo o apoio através da sua diretoria. Só tenho a agradecer aos colegas e a família do moinho pela preocupação. Foram todos muito acolhedores. Quando a direção soube do ocorrido, foram ao meu encontro no posto da PRF e, posteriormente, no hospital”, destacou.

 

Oswaldo foi encaminhado para o Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais, onde passou por exames e foi liberado.

 

Já em casa, ele conta que agora é que está dimensionando o acidente. “Passei o dia tranquilo. E acompanhando as notícias é que vamos percebendo o tamanho e a grandeza do acidente. Talvez se eu não conseguisse sair do carro, não sei dizer se viria uma segunda ou terceira onda de deslizamento e se eu estaria aqui. A sensação é que ganhei uma nova vida. Com a mão de Deus, sou um sobrevivente”, concluiu, emocionado.