“Sala de Escuta Especializada” é inaugurada em Mafra
Espaço cedido pelo Conselho Tutelar será usado por profissionais da Rede de Proteção, no atendimento de crianças e adolescentes.
Foi inaugurada na noite desta quarta-feira (13), em Mafra, a Sala de Escuta Especializada.
Anexa ao Conselho Tutelar, a sala é um espaço para entrevista, que proporciona cuidado e proteção à criança e ao adolescente.
A iniciativa de criar o espaço foi do próprio Conselho Tutelar, que contou com a colaboração de empresas privadas e sociedade civil na equipagem e decoração da sala. O reconhecimento a estas entidades foi feito por meio da entrega de um certificado de agradecimento.
Segundo o conselheiro Fabio Rodrigues, o espaço será cedido para a Rede de Proteção, que prestará atendimento a crianças e adolescentes, com idades acima de 6 até 18 anos incompletos.
No local, atuarão pessoas capacitadas pela Rede de Proteção para ouvir as vítimas de violência ou de alguma situação que viole o direito da criança e do adolescente.
“É um momento de alegria, por estarmos entregando essa sala. Mas, de alguma forma, tristeza porque, se alguma criança usar essa sala, é que ela foi vítima de alguma violência”, pontuou Fabio.
Rede de Proteção
Também participaram do evento as autoridades locais do Executivo, Legislativo e Judiciário de Mafra, Polícia Militar, empresários, servidores municipais e demais convidados.
“O Conselho Tutelar tem feito visitas de aproximação junto aos diversos órgãos que fazem parte da Rede de Proteção e contam com esse apoio. Parabenizo o conselho por esta iniciativa, pela idealização da sala e principalmente no trabalho que vem fazendo visando a prevenção da violência contra a criança e adolescente”, pontuou o prefeito Emerson Maas.
O juiz da 1ª Vara Cível, Fernando Orestes Rigoni e o juiz da Vara Criminal e corregedor do Presídio Regional, André Luiz Lopes de Souza destacaram a importância da sala.
Os magistrados comentaram que se deparam com várias situações de violência em depoimento especial (oitiva da vítima, criança ou adolescente, perante a autoridade policial ou judiciária), onde a criança ou adolescente relata o fato.
“Esta sala de escuta especializada vai dar a oportunidade da vítima falar apenas uma vez sobre o assunto, sem precisar repetir, pois sabemos que gera sofrimento e revitimização”, destacaram.
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