Sindicato pede reajuste de 14% para servidores públicos mafrenses

Se aprovado, reajuste deve ser aplicado a partir do mês de agosto

Os servidores públicos municipais de Mafra reivindicaram um reajuste salarial de 14,66%. O pedido foi realizado na última semana pelo sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Mafra (SINDISERV) através de ofício dirigido ao Executivo e à Câmara de Vereadores.

Este é o segundo pedido de negociação salarial encaminhado ao poder público pela entidade. Na primeira solicitação, datada em 13 de abril, o sindicato solicitou ao poder executivo que realizasse a revisão geral anual dos vencimentos dos servidores. No entanto, o reajuste pode não ocorrer devido ao projeto de lei que tramita em Brasília e prevê o congelamento dos salários de servidores públicos federais, estaduais e municipais pelos próximos dois anos, devido a instabilidade trazida pela pandemia do novo coronavírus.

O estatuto dos servidores municipais determina o mês de maio para aplicação do reajuste anual que deverá ser incorporado ao salário dos trabalhadores.  No pedido encaminhado pelo Sindicato da categoria, o reajuste fixado em 14,66% é justificado por alguns índices que trouxeram defasagem aos valores percebidos pelos funcionários públicos. Um deles, diz respeito à reforma previdenciária, que passou da alíquota de 11% para 14%, o que gerou uma perda de 3% nos rendimentos. 

De acordo com o presidente do SINDISVERV, Jonas Schultz, o valor do reajuste também foi calculado com base no aumento da Unidade Fiscal Municipal, que teve aumento de 7,18%. Além disso, o reajuste também leva em conta a ampliação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou o último mês de dezembro em 4,48%. Esses três índices ajudaram a compor o pedido de reajuste em 14,66%.

Para o presidente, o documento visa estabelecer um diálogo junto ao executivo e legislativo para um entendimento e aplicação de um reajuste que atenda às necessidades dos servidores. A proposta encaminhada pela entidade sindical prevê que o reajuste seria aplicado apenas a partir do mês de agosto, devido a necessidade de concentração de esforços e recursos no combate à COVID-19.  “O sindicato está cumprindo seu papel, mesmo em uma época complicada, mas sem nunca perder a confiança e a certeza de que venceremos essa fase”, diz o presidente.