Homem encontrado carbonizado em junho foi levado em porta malas de veículo até o local do crime

Em menos de dois meses, a Polícia Civil elucidou o crime que vitimou Rodrigo Correia Fernandes, encontrado com sinais de tortura e carbonizado no Sítio dos Hirt.

Um dia antes de ser encontrado morto, Rodrigo se envolveu em uma discussão na Vila Argentina. Foto: Redes sociais/Divulgação

 

 

A Polícia Civil de Rio Negro elucidou mais um homicídio em menos de dois meses após o crime ter ocorrido.

 

O caso aconteceu na localidade de Sítio dos Hirt, onde Rodrigo Correia Fernandes, de 35 anos, foi encontrado com sinais de tortura e parcialmente carbonizado.

 

O cadáver estava ao lado de toras de pinus já cortadas, no local onde caminhões fazem o carregamento do material e foi achado por populares que faziam trilha no local.

 

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado por seu pai na época, a vítima estava desaparecida desde o dia 24 de maio e era usuária de drogas.

 

A vítima foi encontrada com sinais de tortura e parcialmente carbonizada. Foto: Divulgação

 

Investigação

Após inúmeras diligências, a investigação da Polícia Civil descobriu que um dia antes de ser encontrada morta, a vítima se envolveu em uma discussão após danificar a casa de um homem conhecido pelo tráfico de drogas na Vila Argentina.

 

Rodrigo foi agredido fisicamente, colocado no porta malas de um VW/Jetta e levado pelo suspeito e outras três pessoas para o local do crime.

 

Segundo a Polícia Civil, no curso da investigação verificou-se que o homicídio foi praticado no contexto do tráfico de drogas, com requintes de crueldade.

 

Foram identificados os quatro suspeitos envolvidos no crime e indiciados por homicídio duplamente qualificado.

 

O quarteto foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná e já está preso, aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri.

 

Mais de 80% dos inquéritos concluídos em Rio Negro

Só em 2022, na Comarca de Rio Negro – que também abrange Campo do Tenente, Quitandinha e Piên – foram registrados onze crimes com violência contra pessoa, entre homicídios consumados, tentados e latrocínios.

 

Em nove inquéritos, a Polícia Civil de Rio Negro identificou os autores, possibilitando o julgamento dos casos pelo Poder Judiciário.