Ladrões esquartejam gado ainda vivo para furtar carne em fazenda de Mafra

Há indícios que as vacas, todas prenhas e prestes a dar à luz, foram esquartejadas vivas.

 

 

Criminosos mataram e esquartejaram cinco vacas de uma fazenda para furtar a carne, na localidade de Ribeirãozinho, em Mafra. Segundo o capataz, Jucemar Carvalho, os crimes aconteceram nos últimos dois finais de semana. No dia 14, foi furtado um dos animais, e no sábado seguinte, dia 21, outra ação foi registrada, e desta vez, quatro animais perderam a vida.

 

O que mais chamou a atenção neste último caso, foi o requinte de crueldade, há indícios que as vacas, todas prenhas e prestes a dar à luz, foram esquartejadas ainda vivas.

 

Fotos: Divulgação

 

“Foi difícil, uma coisa bem fora do normal. Tomei um susto grande. Na hora, fiquei sem reação. Nunca presenciei em nenhuma propriedade que trabalhei uma coisa desta. O normal é levarem o bicho inteiro, mas uma crueldade assim nunca tinha visto. Foi um misto de sensações, de dó, medo, raiva e desespero. É uma situação muito triste. O bicho vivia ali sossegado e do nada, de um dia para o outro, você o chega e o vê naquela situação”, lamenta Carvalho.

 

No primeiro furto o animal todo foi levado, apenas a carcaça foi deixada. Já no segundo crime, apenas uma das pernas dos animais foram levadas. Ao todo, estima que menos de 500 quilos foram furtados, mas o prejuízo ultrapassa os R$ 35 mil.

 

 

Para o médico veterinário, Cesar Henrique Junior, ainda há um risco enorme para quem consumir essas carnes, uma vez que os animais não eram destinados para o consumo humano, mas sim para a reprodução.

 

“O animal tinha acabado de tomar vermífugo e existe um período de carência que o produtor deve aguardar após a aplicação do medicamento. Logo, o consumo dessa carne neste período pode ser prejudicial para a saúde humana, causando diarreia e outros problemas mais graves. A gente sempre orienta quem for comprar carne, que verifique se o produto é inspecionado, tanto para preservar a própria saúde quanto para não incentivar esse tipo de prática na região”, diz.

 

 

Investigação

Segundo o delegado regional, Nelson Vidal, a Polícia Civil já tem indícios da autoria, e o caso segue em sigilo para não atrapalhar as investigações.

 

“Criamos recentemente uma força tarefa com as demais forças de segurança da cidade para levantar um banco dados com o objetivo de combater esse tipo de crime na região. Pedimos também apoio da população que nos ajude denunciando qualquer tipo de suspeita”, pontua.