“Foi um triste episódio de coincidências”, diz defesa do prefeito de Papanduva

Em entrevista exclusiva ao Riomafra Mix, o advogado de Luiz Henrique Saliba pontuou as estratégias da defesa na busca pela revogação da prisão.

Foto: Prefeitura Papanduva/Arquivo

 

 

A defesa do prefeito de Papanduva, Luiz Henrique Saliba, informou que vai buscar a revogação da prisão.

 

Saliba foi preso na manhã de terça-feira (6), durante uma operação do GAECO que investiga a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em mais de 30 municípios.

 

O Riomafra Mix entrou em contato com o advogado Manolo Del Olmo, de São Bento do Sul, responsável pela defesa do prefeito papanduvense.

 

Durante a conversa exclusiva, no início da tarde desta quarta-feira (7), o advogado se deslocava para o Presídio Regional de Caçador, onde está seu cliente. “Estamos confiantes na conversão desta prisão em alguma outra medida cautelar e na rápida elucidação do caso. Também estamos confiantes de que foi um triste episódio de coincidências, onde infelizmente a prisão foi decretada, mas estamos buscando resolver”, comentou.

 

De acordo com o advogado, Saliba foi preso em razão de possuir em sua agenda o contato de um ex-funcionário da Serrana. “Ter este contato, nos anos 2020 e 2021, é justificável porque a Serrana está há quase 10 anos prestando serviços não só em Papanduva, como em outros municípios. É natural que o prefeito, em alguns momentos, tenha trocado mensagens com a empresa. Estas mensagens não tem teor no processo. É apenas registrada a quantidade de mensagens, o dia e a hora. Não tem foto, comprovação de entrega de dinheiro ou qualquer tipo de recurso, nem diálogo algum gravado”, explicou Manolo.

 

“A gente não sabe, talvez este Altevir Seidel continuou trabalhando na Serrana, talvez ele seja um operador ou um mensageiro, como chamou o Ministério Público. Talvez ele entregue dinheiro a tantos municípios envolvidos. Agora, o prefeito Saliba tem apenas o nome dessa pessoa registrado no seu celular e algumas conversas lá em 2020 e 2021, o que de fato não justifica o decreto de prisão”, finalizou o advogado, destacando que, através dessa posição, vai buscar a revogação da prisão.